2010, atração na web

Não sei se é boa ou má notícia, tendo em vista o atual panorama político do País. Seja como for, é bom todos nos prepararmos para as primeiras eleições verdadeiramente digitais de nossa curta história democrática. Segundo o site Bites, está chegando ao Brasil Ben Self, tido como o homem que criou a máquina eleitoral de Barack Obama na internet. Como se sabe (até já comentei aqui), Obama foi o primeiro candidato que usou massivamente a web para conquistar os eleitores mais jovens e os desinteressados em política – a tal ponto que o índice de abstenção da última eleição americana foi o mais baixo da História. Para isso, contratou a empresa de Self, chamada BSD (Blue State Digital), especializada em marketing político digital. 

Pois bem, essa empresa está querendo entrar no atraente mercado brasileiro, sabendo que temos mais de 130 milhões de eleitores (recorde mundial). Seu negócio é organizar a campanha eletrônica e a arrecadação de fundos pela web. No caso de Obama, conseguiu levantar mais de US$ 500 milhões dessa forma. Uau!!! Self está vindo à procura de parceiros, e certamente não lhe faltarão clientes entre os políticos, que a essa altura já perceberam a força da web.

Como disse, não sei se é algo para se comemorar ou lamentar. De um lado, é positivo que a internet esteja se tornando instrumento de propagação política, pois poucos veículos são tão democráticos; de outro, e talvez mr. Self ainda não saiba, a política no Brasil tem seu lado, digamos, peculiar. Como criar uma espécie de anti-vírus que impeça a contaminação dos eleitores (e de seus computadores) pela corrupção? 

Ah! Um alerta para Self e seus colegas: procurem receber seu pagamento antes, porque depois da campanha os políticos brasileiros estranhamente desaparecem.