Não fosse a banda larga e provavelmente as operadoras de TV paga estariam amargando prejuízos. O novo balanço do setor, divulgado ontem pela ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) e pelo SETA (Sindicato das Empresas de TV por Assinatura) confirma a tendência dos últimos anos: enquanto o número de assinantes de TV paga aumenta a passos lentos (quando não estaciona), o de usuários da internet rápida se expande velozmente – apesar das falhas na prestação do serviço.
Segundo as duas entidades, no primeiro trimestre do ano a venda de assinaturas de TV cresceu 17,6% sobre 2008, atingindo o número de 6,4 milhões de assinantes. Já a venda de pacotes de banda larga subiu 43%, chegando a 2,8 milhões. Examinando a tabela abaixo, é fácil constatar que a expansão dos dois serviços é totalmente desigual. O número de assinantes de TV chegou a diminuir entre 2001 e 2002, mantendo uma média anual de crescimento na casa dos 7,5%; no mesmo período (2001-2008), a quantidade de pessoas que passaram a utilizar banda larga aumentou, em média, 60% ao ano!!!
ANO |
TV POR ASSINATURA |
BANDA LARGA |
2000 | 3,44 milhões | 60 mil |
2001 | 3,55 milhões | 90 mil |
2002 | 3,52 milhões | 130 mil |
2003 | 3,54 milhões | 200 mil |
2004 | 3,76 milhões | 370 mil |
2005 | 4,1 milhões | 630 mil |
2006 | 4,71 milhões | 1,18 milhão |
2007 | 5,25 milhões | 1,75 milhão |
2008 | 6,2 milhões | 2,6 milhões |
Os dados oficiais da ABTA revelam ainda outros números interessantes. O setor faturou, nos primeiros três meses de 2009,um total de R$ 2,54 bilhões, incluindo venda de assinaturas e publicidade. É pouco menos do que no último trimestre de 2008 (R$ 2,57 bi). O cabo é responsável por 62% das assinaturas, ficando o setor de DTH (satélite) com 33% – há ainda 5% de residências que continuam recebendo sinal via MMDS (antena). Em dinheiro, a banda larga já responde por 33% das receitas das operadoras.
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Os números não podem ser analisados de maneira fria e tão objetivamente assim, ao menos creio eu. Comparando simplesmente o crescimento exponencial das assinaturas de banda larga com as da TV paga, é claro que a primeira dá uma surra na segunda. No entanto, não podemos esquecer que a banda larga é algo ainda incipiente no Brasil, ao passo que a TV por assinatura está aí há muito mais tempo. Tenho certeza absoluta que o crescimento de ambas, daqui a cinco ou seis anos, no máximo, vai ser praticamente idêntico, pois a tendência é a comercialização da "novidade" estacionar. Pode-se usar da analogia e comparar-se o crescimento da venda de TVs LED com TVs de LCD convencional, por exemplo, ou daqui a pouquinho de Blue-Ray com DVD, e se constatará que a novidade, percentualmente, estará avançando muito mais que a antiga tecnologia. Os números devem ser analisados sob esta ótica.
Os numeros de crescimento da Tv paga são baixos pois o conteudo da mesma é fraco e repetitivo(os filmes e programas repetem tento que chegam a abusar. os noticiarios se repetem sem nenhuma criatividade e diversidade, a mesma noticia poderia ser dada de forma diferente no noticiario seguinte mas a eterna paranoia dos custos são resolvidos pela repetição que vai tirar clientes). temos uma tv paga que irrita na quantidade de propagandas e intervalos durante um filme, se é paga eramos para não sofrermos este suplicio proprio da tv aberta.Bem acredito se quiserem um crescimento digno, optem pela criatividade, ofereçam produtos com alto teor cultural e diversificado que venha de encontro ao publico que pode pagar caro por uma assinatura. O conteudo atual não vale o preço que cobram
grato
Como no Brasil temos poucas opções de Tv por assinatura, ficamos reféns das operadoras e seus altos preços, o que falar então da TV HD ???? O que mais me preocupa, são os imensos comerciais que temos que aguentar nos filmes e demais programas, já passou da hora do GOVERNO tomar uma atitude em relação a quantidade de comerciais exibidos.