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LED vs. plasma, a batalha

Pois é, como prometido, a edição de agosto da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL tem como matéria de capa mais um teste comparativo exclusivo. Se na edição de julho havíamos mostrado as diferenças entre as várias fontes de imagem de alta definição disponíveis no Brasil (discos Blu-ray, TV paga HD, TV aberta), agora a comparação foi entre os dois principais tipos de display à venda: plasma e TV de LED.

Convido os leitores a conferir os detalhes, mas aqui vão alguns “melhores momentos”. Antes, é bom esclarecer certas dúvidas que leitores têm manifestado. Existem, na verdade, dois tipos de TVs de LED: os que produzem a imagem a partir desse componente (Light-Emitting Diode, ou “diodo emissor de luz”); e os que simplesmente substituem o painel de luz traseiro (backlight) com leds em lugar das lâmpadas fluorescentes tradicionais. Há ainda uma outra diferença, mais sutil: alguns fabricantes – caso da Samsung, que já lançou no Brasil sete modelos – colocam os leds apenas no entorno do gabinete, usando um conjunto de lentes e/ou espelhos para direcionar os feixes de luz. Outros – como a Sony, que por enquanto só lançou aqui um modelo – monta o painel de backlight inteiro com leds, o que segundo alguns experts oferece melhores resultados. Sinceramente, teremos que comparar lado a lado as duas espécies para chegar a uma conclusão.

O TV de LED da Samsung é um LCD que utiliza leds em vez de lâmpadas, o que proporciona uma série de benefícios em relação aos LCDs convencionais: brilho mais intenso e firme, cores mais estáveis, melhores níveis de preto, menor consumo de energia, menos aquecimento do gabinete. Comparado com o plasma da Panasonic, lado a lado e reproduzindo os mesmos conteúdos gerados pelas mesmas fontes (player Blu-ray, videogame e receptor digital de TV paga), o LED ganhou nos itens brilho, nitidez e consumo (este, na verdade, foi aferido empiricamente, a partir do aquecimento do display). Mas perdeu nos itens que considero mais importantes: contraste, ângulo de visão e reprodução de imagens em movimento (a chamada refresh rate, ou “taxa de renovação”). O LED naturalmente ganha na espessura (2,9 contra 9,9cm do plasma), e ambos empatam na clareza das cores.

Na prática, essas diferenças não são fáceis de perceber. Com certeza, o consumidor leigo terá dificuldades de identificar a superioridade de um ou de outro, na loja. Mas a avaliação feita por nossa equipe pode ajudar muito. Pelo menos, é o que esperamos. Alguém já leu?

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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