Do outro lado do muro

Cheguei hoje à tarde a Berlim, para cobrir a IFA, que começa amanhã. Um início de viagem, digamos, atrapalhado. Em Guarulhos, esqueci meu celular no taxi; na conexão, em Zurich, não encontrei uma só tomada elétrica onde pudesse recarregar o computador. Chegando em Berlim, uma demora acima do normal para liberarem as malas. Nem parece que estou na Alemanha!!!

Desta vez, me colocaram num hotel que fica do outro lado a cidade, o lado que antigamente pertencia aos comunistas. E, no quarto, descobri que esqueci em casa o adaptador de rede elétrica que comprei no ano passado. Por sorte, o hotel tem um para emprestar, mas cobra 10 euros (me garantiram que devolvem o dinheiro, quando eu devolver o acessório). Nunca entendi por que não há uma padronização mundial dos conectores elétricos. Tenho em casa quatro adaptadores: um americano, um alemão, um inglês e um japonês. Detalhe: que não “conversam” entre si. Não seria mais fácil um padrão único para todo mundo? Alguém sabe a resposta?

Bem, voltando à IFA, o fato de estar “do outro lado do muro” não é tão complicado, porque há uma estação de metrô bem pertinho – dá para chegar na Feira em 20 minutos. O problema é que esta parte da cidade está sendo reconstruída. São tantas obras que nem parece aquela Berlim vibrante e cheia de áreas verdes que vi no ano passado. Acho que, quando der uma folga, vou ter que pular o muro…