Bem, o que posso dizer é que há controvérsias. De fato, entre comprar um TV que acessa a internet e outro que não acessa, se a diferença de preço não for grande, me parece natural que o consumidor escolha a primeira opção. O problema é achar que TV é computador, quando são duas mídias muito diferentes. Alguém já experimentou navegar pela web numa tela de 42″? É, no mínimo, estranho. Ler um texto na tela grande, além de cansativo, é muito chato. O recurso é interessante, acho, para ver filmes ou talvez jogar videogames online, e essa é uma aplicação que deve se tornar cada vez mais comum – sempre dependendo, é claro, da velocidade da conexão.
Outro problema é como o usuário vai encarar um TV que trava! Sim, um TV que acessa a internet possui um computador embutido. É necessário um processador interno que cuide de todos os protocolos, autenticações etc. E se esse processador travar, digamos, na hora em que você estiver assistindo a um jogo de futebol pela internet? Nós, que usamos computador diariamente, sabemos que esses problemas são usuais e até nos acostumamos com eles. Mas quem assiste televisão tem outros hábitos.
Aí entramos numa discussão mercadológica: será que a indústria como um todo quer mesmo que as pessoas usem o TV como computador? Não se pode esquecer que há um conflito de interesses entre emissoras, portais e produtores de software. Para as emissoras, não interessa que o telespectador utilize o TV para algo diferente do que está acostumado a fazer. Não por acaso, a Globo já cuida do futuro, preparando conteúdos adaptados à web (e também a celulares) a partir do vasto material que já possui. Será um caminho, mas só para a Globo, que detém o principal: conteúdo. Como as outras emissoras vão fazer isso, acho que nem elas sabem.
A propósito, este artigo é muito interessante.
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Disculpa o meu portugues ruim.
Vc tem que olhar o que existe ja na França, com operadores como free (www.free.fr): o triple play.
Quer dizer que voce tem um modem para o web, que tem saídas digitais (HDMI) que vão no LCD. O modem esta diviso em 2 partes comunicando com Wifi avançado.
Voce pode tb receber um flusso mp4 a traves do LAN, e ver uma imagem perfeita com um player gratuito tipo VLC. Não tem conversão analogica. Vc pode gravar o .ts que chega, a compreção esta ja boa (1Gb/h).
Tem 200 canais, 30Mbits/s e o teléfono gratuito para muito paises (incluindo Brasil) por 30 euros, trava as veces 0.5 segondo mas acontece menos e menos.
Esse tipo de oferta de free e dos concurrentes acaba de matar todas as lojas para alugar um filme: do interfaço, vc pode escolher dentro de uma database gigante de filmes, disponiveis a menos de 3 euros. Não vale a pena de perder tempo para piratar e gravar, nessas condiçois.
Mas concordo com voce, todo isso não precisa de um TV com computador dentro: e bem melhor de deixar o chip/disco rigido fazer o trabalho dentro do modem. O "bridge" LAN é so bem pratico para gravar, ou assistir Rolland Garros/a Copa do Mundo no escritorio.
O melhor e de ter um bom PC e uma TV 42": vc usa a TV so 90% do tempo (o modo simple para a sogra o cuando se quer ligar o TV sem pensar demais), mas tem a opção de ver filmes/DVDs usando os poderosos PC de hoje, que travam bem menos com software gratuitos como VLC que os DVD players.
Não é ?
Estou encantado com o recurso de internet@TV que veio com minha nova Samsung LED de 40 pol. Pra mim, apenas a possibilidade de acessar TODOS os filmes do YOUTUBE já justificaria a compra do equipamento, não bastassem tanto o design como a imagem dessa TV, ambos maravilhosos. Apenas o preço é que ainda está muito elevado, mas a tendência, com a produção em massa, é despencar. Acho que esse é mesmo o futuro das TVS, uma grande central de entretenimento, etc. Por enquanto, o conteúdo de internet ainda é bastante limitado (como disse, p/mim bastaria o YOUTUBE), mas espero que em breve a Samsung disponibilize novos novos conteúdos. Vamos ver a concorrência o que irá lançar após a feira da Alemanha.