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Quanto consomem os TVs

Num impressionante trabalho de pesquisa, a equipe do site americano CNet – aliás, cada vez melhor – analisou nada menos do que 150 modelos de TVs de alta definição sob o ponto de vista do consumo de energia. E montou esta tabela, que vale quase como uma bula para quem se interessa pelo assunto. OK, nem todo mundo (no Brasil) está preocupado com quanto consome o seu televisor, mas sem dúvida essa será uma questão cada vez mais discutida daqui por diante. E, como já disse aqui, todos os fabricantes hoje destacam esse aspecto em seus equipamentos.

Bem, pelo levantamento, os modelos que se mostraram mais eficientes foram os LCDs Samsung UN46B7000, de 46″, que tem consumo de 106,77 watts, e Philips 42PFL5603D, de 42″, especificado em 91,23W; no cálculo de watts por polegada quadrada, que é o que vale, ambos ficaram com índice 0,12. Um pouco abaixo, com 0,15, aparece outro modelo de 46″ da Samsung (da linha LN). Interessante que dois plasmas da Panasonic ficam na mesma faixa: o TH-58PZ800U, de 58″, com 0,14W/polegada, e o TH-50PZ850U, de 50″, com 0,15. O que prova que o plasma não necessariamente é mais “gastador” do que o LCD.

A pesquisa foi ainda mais longe, mostrando quanto cada modelo custa na conta de energia mensal. O calculo se baseia, logicamente, no sistema de cobrança americano, que é diferente do brasileiro (a começar da tributação bem mais baixa). Tomou-se por base o uso de cada TV por 5,2 horas por dia, com a luminosidade ajustada para menor consumo, durante 365 dias por ano. Nos EUA, a referência é o valor de 11,35 cents por kilowatt/hora. Só para dar uma idéia, o mesmo TV Samsung que foi considerado mais eficiente tem um custo anual hipotético, para seu proprietário, de 23,06 dólares. Já o modelo da linha LN, da mesma marca e mesmo tamanho (46″), custa US$ 30,07.

Em tempo: no Brasil, está à venda somente o modelo LN-46A550, que é um LCD convencional. Há ainda LCD de LED UN46B6000, que é inferior ao 7000 da pesquisa. Os demais modelos são encontrados, por enquanto, apenas no mercado americano.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Orlando, pesando todos os aspectos, o plasma ainda é o melhor. Só não comprei porque no mercado brasileiro não são oferecidos, ainda, os neo-plasma da Panasonic, de baixo consumo. O triste é constatar que nossa energia elétrica é oferecida aos ricos e abastados consumidores brasileiros por mais do dobro do preço da mesma energia que os consumidores domésticos norte-americanos utilizam. Isto é uma coisa que nunca entendi, pois nos EUA quase 80% da energia elétrica é de origem fóssil (carvão mineral). De que adianta ter empresas estatais nos espoliando, só para dizer, com orgulho, que são brasileiras? Nos combustíveis, nem falo, o dolar caindo e a gasolina aumentando!!! País inexplicável!!!

  • Orlando, para complementar veja o que está na reportagem: "We currently use the average price of energy in the U.S. during 2008, which is 11.35 cents per kilowatt hour according to the Energy Information Administration. These numbers were updated April 10, 2009." 11.35 cents por KWh, ou aproximadamente R$0,19 por KWh. Minha última conta da CEMIG veio a R$0,58 por KWh!!!!!!!, mais de três vezes o custo americano!!!!! Ninguém acredita quando digo que estamos vivendo uma utopia, uma república estatal!!!

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Orlando Barrozo

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