Folheando o livro “Free (Grátis) – O Futuro dos Preços”, do excelente jornalista americano Chris Anderson (o mesmo de “A Cauda Longa”, hoje um clássico do gênero), encontrei uma história surpreendente que ele foi buscar em… São Paulo. Sim, em suas pesquisas para escrever o livro, Anderson passou por aqui e quis conhecer o trabalho dos camelôs que ganham a vida vendendo produtos piratas.
Bem, antes é preciso explicar que o livro trata da expansão mundial da pirataria em geral: de roupas, sapatos, relógios, discos, tudo enfim. Anderson levanta a polêmica tese de que a tendência é tudo ser de graça (daí o título do livro). Isso mesmo: no futuro, você não vai mais pagar por um produto; este lhe será oferecido gratuitamente, numa conta a ser bancada por patrocinadores, anunciantes e demais empresas que possam querer lhe conquistar para vender serviços. Qualquer dias desses comento melhor essa tese.
A estratégia mostrou-se matadora: os internautas trataram de promover as músicas e tornaram-se divulgadores dos shows da banda, sem cobrar nada por isso. Shows que, em todo o País, atraem milhares de pessoas, o que tornou milionários os integrantes da banda e seus empresários. Como toque final de marketing, ainda lançaram a idéia de gravar em vídeo os próprios shows e vender cópias em DVD ali mesmo, na saída, para os fãs empolgados, que não hesitam em pagar 15 ou 20 reais pelo disco “fresquinho”.
Genial, não? Esse é, para mim, um exemplo acabado de marketing “de resultados”. Nada teria acontecido, porém, se não fosse a pirataria dos discos do grupo. Os piratas são seus maiores divulgadores.
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Exemplo para o mundo na pirataria e na quebra de royalties? Estranho isso não?
Amigos, isso é apenas uma amostra do que esta por vir. Vejo neste forum uma elite que dispoe de recursos para comprar hardware e software de qualidade, todavia somos em numero muito pequeno frente ao mercado mundial que é fundamentalmente com poucos recursos financeiros. Cada um tem sua estrategia de mercado e um pouco de visão.