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3D: muita calma nessa hora

Apesar de toda a badalação em torno da TV 3D (que realmente é um espetáculo), ainda vai demorar para se ter um padrão definido e aceito por todos. Não sou eu que estou falando, a palavra é de uma das maiores autoridades mundiais na matéria, Peter Symes, presidente da SMTPE (Society of Motion Picture and Television Engineers). Essa entidade, que reúne fabricantes, emissoras e produtores de conteúdo, é quem dita as normas para transmissões de TV em todo o planeta. Enquanto não se pronunciar oficialmente, será difícil alguém fabricar um receptor, pois este correria o risco de tornar-se obsoleto em pouco tempo.

Basicamente, o que mr. Symes diz é que a padronização, neste caso, é muito mais complexa do que foi, por exemplo, na implantação da HDTV, ou mesmo do cinema 3D. Para se ter idéia, o comitê de engenheiros que estuda a TV 3D foi formado em agosto de 2008, possui cerca de 200 membros e até agora não chegou a um consenso. “A TV 3D tem que ser compatível com muitas variáveis: fluxo contínuo de sinal, diferentes tipos de display, múltiplas codificações e formatos”, explicou Symes num evento sobre o assunto na semana passada, em Los Angeles.

Mesmo assim, ele acredita ser possível que antes do verão americano saia o tal consenso. Todo mundo está esperando.

Aproveito para lembrar que temos um hot site sobre 3D, com toneladas de informações interessantes para quem quer se atualizar sobre o assunto. Dêem uma olhada e comentem.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • essa coisa de 3D é para o Japão ou EUA que têm tecnologia e a população poder aquisitivo,mas,no Brasil,um sonho para muito poucos...

  • Sr.Orlando
    A RedeTV! transmite sinal 3D via satélite. Eu tenho esse sinal. São duas imagens na tela, lado a lado, e com um aspecto meio fora de padrão, imagem esticada.
    Pergunto: essas tvs 3D que estão no mercado conseguem transformar essas imagens lado a lado (esticadas) em uma única imagem 3D?
    Porque os conteúdos que são mostrados nas demonstrações 3D têm uma imagem diferente...como se houvesse uma imagem fantasma e com o uso dos óculos ativos são deslumbrantes!

    • Olá Valdir, o que a Rede TV está fazendo na verdade não é exatamente 3D. As imagens não são em alta definição e, como você já percebeu, aparecem distorcidas. Isso acontece porque imagens tridimensionais exigem uma banda de passagem muito maior. Se gerasse as imagens em 3D de verdade, a emissora teria que cancelar a emissão do sinal convencional (2D) e, portanto, a maioria dos telespectadores não poderia assistir. É por isso que as outras emissoras ainda não iniciaram as transmissões: para não sacrificar a programação como um todo. Os novos TVs 3D também não conseguem transformar esse sinal. Abs. Orlando

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Orlando Barrozo

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