Vejam no quadro abaixo como ficou a configuração das principais redes brasileiras, segundo o Estadão:
1.Casas Bahia + Ponto Frio + Extra Eletro – Faturamento em 2009: R$ 18,5 bilhões; Número de lojas: 1.015. Estados onde atua: SP, RJ, MG, PR, SC, ES, GO, MS, MT, BA e DF; Número de funcionários: 68 mil.
2.Insinuante + RicardoEletro – Faturamento em 2009: R$ 5 bilhões; Número de lojas: 528; Estados onde atua: MG, RJ, BA, GO, DF, PE, CE, AL, AM, ES, MA, PB, PI, RN e SE; Número de funcionários: 15 mil.
3.Magazine Luiza – Faturamento em 2009: R$ 3,8 bilhões; Número de lojas: 456; Estados onde atua: SP, MG, RS, SC, PR, GO e MS; Número de funcionários: 14 mil.
4.Lojas Cem – Faturamento em 2009: R$ 1,6 bilhão; Número de lojas: 181; Estados onde atua: SP, MG, RJ e PR; Número de funcionários: 6.500.
5.Lojas Colombo – Faturamento em 2009: R$ 1,3 bilhão; Número de lojas: 346; Estados onde atua: SP, RS, MG, PR e SC; Número de funcionários: 6 mil.
Mas os desafios também são grandes, e o maior deles é entender o novo comportamento do consumidor nestes tempos online. Segundo o especialista Claudio Felisoni, do Provar (Programa de Administração de Varejo), em artigo publicado hoje no mesmo Estadão, as lojas tradicionais (físicas) tiveram crescimento de 13% entre 2008 e 2009, enquanto as lojas virtuais cresceram 25% – isso em termos de faturamento. Talvez mais importante seja este outro dado: o número de consumidores brasileiros que passaram a comprar pela internet em 2009 foi de quase 18 milhões, ou 33% a mais do que havia ao final de 2008. Essa é uma tendência irreversível, no mundo inteiro e também no Brasil, e quem não souber se adaptar a ela com certeza terá problemas.
Não foi por acaso que a Casas Bahia investiu pesado em e-commerce a partir do ano passado; Wal-Mart e Carrefour fizeram o mesmo. E o Pão de Açúcar, ao incorporar a Bahia, adotou como prioridade o aperfeiçoamento de seus serviços online. O mesmo promete fazer agora a Máquina de Vendas, holding da Insinuante/RicardoEletro. Como diz Felisoni, os preços dos produtos eletrônicos são praticamente os mesmos em todas as lojas, assim como suas margens de lucro. Ao mesmo tempo, o consumidor hoje é mais poderoso, no sentido de poder escolher, via internet, entre uma gama maior de ofertas e oportunidades. Ou seja, sairá ganhando quem conseguiu realizar o melhor atendimento online a um custo operacional mais baixo.
Parece óbvio, mas vamos ver quem consegue fazê-lo na prática. Daqui a um ou dois anos, saberemos. Enquanto isso, para quem quiser entender melhor a situação do varejo brasileiro, sugiro estes artigos:
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O varejo se tornou briga de "cachorro grande" onde "vira-lata" não entra,se assim podemos falar.
Alijados ficaremos quando todas essas lojas se fundirem numa só.