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Caixas acústicas: qual escolher?

Mais uma boa marca de caixas acústicas está chegando ao mercado brasileiro: a americana Sonance. Essa empresa foi praticamente quem inventou as caixas de embutir, no final dos anos 90. Fabrica caixas elegantes e refinadas, embora em termos de vendas tenha sido superada por marcas mais conhecidas. No Brasil, com distribuição da Syncrotape, a briga também será boa. Além de marcas internacionais de prestígio (PolkAudio, B&W, Jamo, Bose, PSB, Xantech, Paradigm, Flatline), temos aqui pelo menos quatro fabricantes nacionais que competem no mesmo nível dos estrangeiros: Absolute Acoustics, Projekt, Loud e BSA (esta marca pertencente à Bravox). E não se trata apenas de preço e qualidade. Cada vez mais o segmento de custom installation procura design diferenciado e facilidade de instalação.

Num levantamento feito no final do ano passado, a equipe da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL encontrou mais de trinta modelos, cobrindo praticamente todo tipo de ambiente ou necessidade (vejam aqui). Além das caixas fixas convencionais in-wall (de parede) e in-ceiling (de teto), existem as motorizadas, que podem ser acionadas via controle remoto; as que possuem tweeter pivotante (que pode ser movido para direcionar o som a uma área específica da sala); as que movem não só o tweeter, mas também o woofer; e as que têm desenho angulado, indicadas para espaços com parede irregular.

Tecnicamente, as caixas de embutir se destacam pela dispersão ampla das freqüências médias e altas, e o instalador deve saber tirar proveito dessas características evitando salas muito “vivas”. Trazem também uma limitação física: por serem necessariamente compactas, não conseguem manipular a quantidade de ar necessária para propagar as baixas freqüências, como faz uma caixa convencional. Isso muitas vezes provoca perdas no impacto sonoro dos filmes, principalmente os de ação. A solução é combinar com um bom subwoofer (já existem também os subs in-wall). Claro, algumas caixas são mais eficientes do que outras, mas ao contrário das tradicionais é complicado testar uma in-wall antes da instalação. Daí por que é fundamental conhecer as diversas marcas e seus timbres e especificações, antes de indicar a um cliente.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Má noticia. Uma vez fui sensurado aqui neste blog por falar mal de um anunciante da revista (casualmente o mesmo!), mas insisto: A Syncrotape nao tem criterios para escolher suas revendas. Ela aposta na pulverização de suas marcas e aí vem a guerra de quem vende por menos. Logo veremos estas caixas sendo vendidas abaixo do custo. Obvio que terão direito de resposta e Nelson virá com um discurso mais obvio ainda. Mas que a Syncrotape vende para qulquer um, isto é comentário em todas as rodas...

  • Orlando,

    Dentro da questão "Caixas acústicas: qual escolher?" gostaria de surgerir um link que recebi outro dia e que achei muito interessante, um paper muito completo: http://media.avguide.com/Loudspeakers_Buyers_Guide.pdf

    Gostaria ainda de aproveitar a oportunidade para comentar que ao tentar uma busca por DIY ou FVM não tive qualquer resposta, apesar de natural, e compreensível gostaria de sugerir um link onde mostro que alguns esforços tem sido feito nesse sentido e que o audio artesanal pode ser uma alternativa muito interessante.

    Veja: http://www.diyaudio.com.br

    Muito sucesso, abração,

    Renato

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Orlando Barrozo

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