Antes do que se previa, confirmou-se ontem a saída da Philips do segmento de televisores. Uma das marcas mais tradicionais da História – e certamente referência para muitos usuários pelo mundo afora, quando se trata de TVs – comunicou oficialmente um acordo com a chinesa TPV, maior fabricante de displays do mundo. Ambas estão constituindo uma joint-venture (70% TPV, 30% Philips), que terá o direito de usar a célebre marca durante cinco anos.
Mas não no mundo inteiro. O acordo cobre principalmente o mercado europeu, onde os prejuízos nos últimos anos vêm sendo inadmissíveis para os acionistas do grupo holandês. Afinal, por décadas e décadas a empresa foi líder do segmento na Europa. A joint-venture não poderá, pelo menos de início, atuar nos dois maiores mercados do mundo (EUA e China), além de Canadá, Índia e mais alguns países sul-americanos, ainda não confirmados. Sei que a maioria dos leitores já deve estar se perguntando se o Brasil está nessa lista. Aparentemente sim, embora não haja palavra oficial a respeito.
Abandonar o mercado brasileiro a essa altura significaria abrir mão de um enorme potencial de vendas, embora a Philips – assim como os fabricantes japoneses – esteja sofrendo perdas irreparáveis de market-share devido à agressividade das coreanas LG e Samsung. Vale a pena continuar lutando essa batalha inglória? Qual será o custo disso? Há possibilidade de reverter o quadro, talvez sacrificando as margens de lucro? É sobre essas questões que a direção do grupo está debruçada neste momento. As respostas não são fáceis.
Algumas pistas podem ser conferidas neste artigo e também nestas reportages do Estadão e de O Globo.
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