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TV 3D: planos para crescer

Nos primeiros quatro meses do ano, foram vendidos em todo o mundo 1,9 milhão de televisores 3D, diz o mais recente relatório da DisplaySearch, empresa americana que há anos pesquisa o setor. Significa que apenas 3,9% dos usuários embarcaram na tecnologia 3D até abril. Mas os fabricantes estão otimistas: as previsões são de que até o final do ano esse tipo de TV irá representar 16,8% do mercado mundial, o que seria um salto fantástico.

Na verdade, os números não se referem às vendas nas lojas, mas às unidades que saíram das fábricas. E cobrem apenas os TVs LCD, que representam mais de 80% do mercado atual. Mas o relatório não traz somente números, analisa detalhes interessantes sobre esse segmento, tido como crucial para a indústria como um todo. “A tecnologia 3D é importante para rejuvenescer o mercado de TVs”, comenta David Hsieh, vice-presidente da DisplaySearch e responsável pela análise dos fabricantes chineses. Segundo ele, os TVs 3D oferecem margens de lucro mais altas e, portanto, escapariam (pelo menos num primeiro momento) da guerra de preços que se estabeleceu entre os fabricantes. “O problema é convencer o consumidor a não levar em conta aspectos como a falta de conteúdo, o desconforto dos óculos, as interferências e toda a confusão envolvendo formatos diferentes de 3D”, acrescenta Hsieh.

A saída que o especialista apurou junto aos fabricantes de painéis – todos chineses – é melhorar ao máximo a performance dos TVs na reprodução de imagens 2D. Afinal, estas são, e continuarão sendo por um bom tempo, o conteúdo mais assistido. Por isso, podemos esperar mais aparelhos com taxa de renovação de imagem de 240Hz e 480Hz, além de níveis de contraste mais altos. Assim, o consumidor encontraria vantagens em pagar mais pelo seu novo TV, ainda que não possa (ou não queira) assistir a filmes em 3D.

Ótimo. Pelo que vimos até agora, essa é a única forma encontrada pelos fabricantes de LCD para aproximar-se do desempenho dos plasmas.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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