Categories: Uncategorized

TVs: uma pesquisa mundial

O que leva uma pessoa a escolher determinado modelo ou marca de televisor? Qual o fator (ou fatores) preponderantes na hora da decisão? Foi perguntando isso que um grupo de pesquisadores contratados pela empresa americana DisplaySearch abordou, por telefone, cerca de 14 mil usuários de 13 países: Brasil, México, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Turquia, Rússia, Índia, Japão, Indonésia e China (esta última dividida entre “áreas urbanas” e “áreas rurais”). Que que saiba, foi o levantamento mais abrangente já realizado no setor. Vale a pena analisar algumas das revelações do Global TV Replacement Study:

*Quando vai comprar um novo TV, a maioria das pessoas não pensa apenas em substituir um aparelho antigo; procura qualidade de imagem melhor e, principalmente, tamanho de tela maior.

*Os três fatores mais apontados pelos entrevistados como atraentes num TV novo foram: tela fina, acesso à internet e reprodução de imagens 3D – exatamente nessa ordem. No entanto, a maioria rejeita pagar mais do que 20% acima do preço de um modelo sem esses recursos.

*Na comparação entre os países, observou-se que os chineses urbanos e os russos são os que mais valorizam as telas finas, enquanto os franceses dão prioridade à questão da internet; brasileiros, indianos, turcos, britânicos, japoneses e italianos revelaram maior equilíbrio entre os três fatores.

No final, a conclusão dos pesquisadores foi de que preço e marca continuam sendo os principais critérios de decisão. A maioria dos entrevistados mostrou-se confusa quanto às inovações. A falta de padronização no acesso à internet, por exemplo, é vista como uma barreira, embora todos achem essa novidade interessante. Alguns fabricantes utilizam acessórios (os chamados dongles) que obrigam o usuário a ter que fazer mais uma conexão, quando esta já deveria estar embutida no aparelho.

No caso do 3D, o atrativo parece ser ainda menor devido à falta de conteúdo. Como esta deve continuar por um bom tempo, talvez os fabricantes devessem mudar a abordagem (aqui, estou falando eu, nada a ver com a pesquisa). Por mais que seja envolvente, a imagem 3D, por si só, não convence o consumidor a pagar mais pelo TV que viu na loja. Vai ser preciso encontrar outro argumento.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

Share
Published by
Orlando Barrozo

Recent Posts

Netflix lidera, mas cai mais um pouco

                  Em outubro de 2021, publicávamos -…

5 dias ago

Inteligência Artificial não tem mais volta

Pouco se falou, na CES 2025, em qualidade de imagem. Claro, todo fabricante diz que…

3 semanas ago

TV 3D, pelo menos em games

                          Tida como…

3 semanas ago

TV na CES. Para ver e comprar na hora

Para quem visita a CES (minha primeira foi em 1987, ainda em Chicago), há sempre…

3 semanas ago

Meta joga tudo no ventilador

    Uma pausa na cobertura da CES para comentar a estapafúrdia decisão da Meta,…

3 semanas ago

2025 começa com tudo…

Desejando a todos um excelente Ano Novo, começamos 2025 em plena CES, com novidades de…

4 semanas ago