A explicação, também já comentada neste espaço, é que a fabricação dos TVs, assim como de todos os produtos eletrônicos de consumo em alta escala, atualmente é terceirizada. Fornecedores chineses e taiwaneses se encarregam de produzir os componentes que abastecem todos os fabricantes, numa disputa insana e cada vez mais sustentada na agilidade e na velocidade de reposição. Assim, ganha quem consegue manter estoques em dia e atualizar-se mais rapidamente em termos de recursos para os novos aparelhos. A maioria das pessoas compra por impulso, impressionada mais pelo visual dos aparelhos do que propriamente por seu desempenho.
A rigor, isso não é de todo ruim. A questão – que todo comprador de TV precisa entender – é que esse aparelho já não é mais o que era; transformou-se numa espécie de portal doméstico, uma vitrine em que desfilam os mais diversos conteúdos: programas de televisão (aberta e fechada), filmes gravados em disco (DVD ou Blu-ray), fotos e vídeos gravados com uma câmera pessoal ou até mesmo com o celular, jogos, conteúdos transferidos do computador (diretamente ou via pen-drive) e agora também material acessado na internet através do próprio TV, sem necessidade de um PC para se ligar à rede de banda larga. A foto acima ilustra bem a “cara” que a maioria dos TVs terá a partir de agora.
Os TVs que estão chegando ao mercado são virtualmente capazes de reproduzir qualquer tipo de conteúdo, independente do formato e do dispositivo com que foi criado. A conexão pode ser com fio ou sem fio. No primeiro caso, tudo converge para o onipresente HDMI, que apesar dos bugs frequentemente relatados continua sendo o modo mais prático de transferir áudio e vídeo de alta definição. As conexões sem fio tendem a se popularizar, por serem mais práticas, embora não haja antídoto contra problemas de segurança e instabilidade na transmissão do sinal.
Não é mera coincidência que os principais fabricantes estejam destacando a variedade de conteúdos como diferencial em seus TVs. Cabe ao consumidor verificar duas coisas: a) os conteúdos realmente lhe interessam? e b) a navegação através deles é fácil, ou daquelas que nos deixam irritados quando queremos acessar algo e não encontramos no labirinto de menus?
Bem, esse assunto merece muito mais espaço. Voltaremos a ele nos próximos dias. E, se alguém aí tem dúvidas a respeito, fique à vontade para enviá-las. Tentaremos responder, na medida do possível.
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