No ano passado, a Sony anunciou em tom meio nostálgico o fim do Walkman. Não dessa marca simbólica, que acompanhou várias gerações de usuários e que permanece ainda hoje, dando nome a players MP3 e MP4. Era o fim do Walkman original, aquele que usava fita cassete, depois substituída pelo CD. Não havia mais espaço para relíquias como essas. Agora, a mesma Sony acrescenta mais um ícone a sua lista de vítimas da era dos downloads: está saindo de linha o MiniDisc (MD), formato desenvolvido no início dos anos 90 como alternativa ao CD e que, como se sabe, não emplacou. Do tamanho de um maço de cigarros, os players MD cabiam no bolso, e só por esse detalhe conquistaram milhões de adeptos do som portátil. Vão ficar como peças de museu, e é provável mesmo que poucos sintam sua falta. Pelo menos por enquanto, a Sony diz que vai continuar produzindo gravadores nesse formato – aqueles que muitos profissionais (jornalistas, por exemplo) – usam para gravação de voz. Descanse em paz, MD.
Orlando BarrozoOrlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.