Talvez eu seja suspeito para comentar. Jeff Bezos, fundador da Amazon, é um dos personagens de meu livro “Os Visionários – Homens que Mudaram o Mundo através da Tecnologia“. Ao lado de Bill Gates e Steve Jobs, foi ele quem transformou a vida de todos nós, ao tornar a internet uma companheira inseparável, da qual quase todo mundo ficou dependente (Google e as redes sociais vieram depois). A Amazon praticamente inventou o comércio eletrônico, ainda nos anos 1990, ensinando a milhares de varejistas, de todos os setores, como vender, cobrar e principalmente tratar o cliente usando a tecnologia.
Agora, Bezos dá seu maior salto desde que a Amazon se tornou a mais movimentada loja virtual do planeta. O Kindle Fire, que custa apenas US$ 199 (contra US$ 499 da versão básica do iPad), dá acesso a todos os serviços que a loja já oferece pelo computador – e mais alguma coisa. A maior parte dos dados necessários para usá-lo estão no servidor da Amazon, ou seja, “na nuvem”. Esse conceito havia sido lançado com o leitor eletrônico Kindle, em 2007, e agora é levado ao extremo. O Kindle original serve apenas para ler (livros, principalmente); o Fire abre as portas para vídeos, filmes, fotos, músicas… (mais detalhes aqui). Alguns especialistas acham até que em breve a Amazon estará dando o aparelho aos clientes, gratuitamente, apenas para garantir que continuem comprando, comprando, comprando… Não duvido. Da forma como foi concebido, esse aparelho é uma máquina de consumir!
Mas, por que eu disse que o Kindle Fire não concorre com o iPad? Ao contrário da Amazon, a Apple não é (ainda) uma empresa de serviços. Embora possua a loja virtual iTunes, continua sendo uma fabricante de aparelhos, talvez os melhores do mundo. Seus investimentos em design, e o cuidado que demonstra na produção de cada uma de suas peças, são a melhor prova. Com iPhone e principalmente iPad, é possível fazer ligações, inclusive via vídeo (Skype), assistir a filmes inteiros, armazenar uma infinidade de arquivos pessoais. São coisas que vários tablets fazem, mas não o Kindle Fire.
Minha aposta: o usuário da Amazon vai querer ter o Fire, mas não abrirá mão de seu tablet. Ou seja, temos aí um produto absolutamente novo. Infelizmente, pelo menos por enquanto, somente os americanos podem desfrutar dele.
Pouco se falou, na CES 2025, em qualidade de imagem. Claro, todo fabricante diz que…
Para quem visita a CES (minha primeira foi em 1987, ainda em Chicago), há sempre…
Uma pausa na cobertura da CES para comentar a estapafúrdia decisão da Meta,…
Desejando a todos um excelente Ano Novo, começamos 2025 em plena CES, com novidades de…
View Comments
Olha, desta vez o tiro parece ter sido certeiro... Bolaram um "tablet-player" de todo o enorme conteúdo que tem no site, amarrando direitinho hardware + software de uma forma elegante e com um precinho que ninguém tem.
Não vamos esquecer que os eBooks Kindle vendem muito e também renovaram a linha, com destaque para o modelo com touch screen e mantém a conectividade 3G dos modelos anteriores, que é bem interessante e funciona por aqui.
Abs
Julio Cohen