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O novo TV Cinema 21:9

A equipe da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL está testando a nova versão do TV Philips Cinema 21:9 3D, de 50″, que chega ao mercado nos próximos dias. Trata-se de um dos modelos mais avançados do mercado, não tanto pela tela em formato mais retangular (nem todo mundo gosta), mas pelos recursos oferecidos (vejam aqui um vídeo). A Philips é a única, entre os grandes fabricantes de TVs, que não fez a opção exclusiva por uma tecnologia de projeção em 3D. Embora o aparelho lançado no Brasil utilize óculos passivos, na Europa a empresa também comercializa modelos ativos – por sinal, na última IFA vimos ambos funcionando lado a lado (vejam aqui o vídeo que fizemos).

Em julho do ano passado, testamos o primeiro modelo Cinema 21:9 lançado na Europa – e que, infelizmente, acabou não chegando ao Brasil. Todos os membros da equipe ficaram encantados, especialmente aqueles que se incomodam mais com as famosas tarjas laterais que cortam a imagem nos TVs com tela 16:9. Agora, a sensação se repete. O novo modelo tem taxa de renovação de 480Hz, o que por si só já proporciona um belo ganho em termos de detalhamento e limpidez. Ainda vamos avaliar detalhes como contraste e profundidade, especialmente em 3D, mas de qualquer forma o simples fato do produto estar à venda – e por um preço bem mais acessível do que o primeiro: R$ 6.499 – já é uma boa notícia.

Apenas para refrescar a memória: 21:9 é o formato básico das telas de cinema, que têm proporção de 2.39:1, ou seja, a largura da tela equivale a 2,39 vezes a altura; nos TVs 16:9 (maioria hoje no mercado), essa proporção é de 1,77 vezes. Isso significa que, nos filmes feitos para cinema, preservam-se as medidas originais da imagem, o que é particularmente importante nas tomadas mais amplas e nas produções onde a fotografia desempenha papel crítico. Quando convertidos para disco (DVD ou Blu-ray), a maior parte desses filmes aparece no formato original do cinema, mas, como os TVs que usamos atualmente possuem largura menor, a perda nas laterais é inevitável. Os fabricantes oferecem ajustes para correção do problema, eliminando as tarjas laterais, mas nesse caso surgem tarjas nas partes superior e inferior da tela, e isso é igualmente irritante.

A grande sacada da Philips foi investir num formato de tela que aproveita 100% da imagem original; ou quase 100%, pois a proporção exata depende de como o filme foi rodado – alguns cineastas gostam de tomadas ainda mais largas, chegando até o máximo de 2.76:1. Para se ter uma ideia de como essas diferenças são polêmicas, existe até um site americano, mantido por profissionais de cinema, que discute o assunto a fundo. Chama-se: widescreen.org. O único problema desse tipo de TV é que sua fabricação é cara e complexa, daí porque poucos fabricantes se aventuraram a seguir o exemplo da Philips (até o momento, apenas a americana Vizio, que hoje é líder nos EUA no segmento de TVs mais populares).

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • Olá,Orlando.O tv testado pele HT&CD está à venda no Brasil,modelo de 58".Neste final de semana pude vê-lo disponível na Fnac do Shopping Murunbi, ao lado do novo,de 50".Acho uma aquisição temerária devido à intenção da marca de parar a produção de tvs.Seria um aparelho interessante como segunda tv,só para filmes nesse formato.Abraço:Rubens

    • Olá Rubens, na verdade o TV que testamos foi o modelo europeu; o que saiu no Brasil é um pouco diferente. Abs. Orlando

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