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O futuro dos displays OLED

Conforme vai se aproximando a edição 2012 da CES, aumenta o volume de notícias – muitas vezes apenas boatos – sobre o que iremos ver no evento. Os principais fabricantes/expositores, como de hábito, fazem mistério, e isso só alimenta mais especulações. Há uma grande expectativa, por exemplo, em torno de possíveis tipos diferentes de display. O consenso entre os especialistas é de que não há muito mais o que fazer com os modelos atuais: para melhorar a qualidade de imagem (que já é excelente), será necessário desenvolver novas tecnologias.

De todas, a que mais promete continua sendo a de displays orgânicos, tecnicamente conhecidos como OLED (Organic Light-emitting Display). Como já comentamos aqui, essa tecnologia está sendo intensamente pesquisada, inclusive fora da indústria eletrônica, porque acredita-se que possa ser útil numa série de aplicações. Como já é usada atualmente para telas pequenas, incluindo as de celulares e câmeras, é inevitável que evolua para displays maiores. O problema é saber a velocidade dessa evolução.

O site OLED-Info, por exemplo, especula que Samsung e LG, hoje os dois maiores fabricantes mundiais de displays, irão disputar as atenções na CES utilizando novas versões de TVs OLED, de 55 polegadas. E mais: ambas estariam se preparando para colocar o produto à venda até o meio do ano que vem, a tempo de aproveitar o interesse despertado pela Olimpíada de Londres, que acontece em julho. O site coreano ET News dá mais detalhes: cada uma das empresas trabalha sobre um conceito diferente de OLED.

A Samsung teria um painel do tipo matriz ativa, com altíssima capacidade de concentrar as cores, que impressionou até o presidente da sua divisão de displays, Lee Kun Hee; no entanto, o processo de fabricação ainda precisa ser dominado para evitar perdas que comprometam o investimento.

Para driblar o problema, a LG teria desenvolvido um OLED branco, mais fácil de fabricar. Sobre esse painel é aplicado um filtro TFT (película de filme transistorizado), contendo as partículas orgânicas que armazenam os dados de luminância e crominância. Com isso, o processo torna-se mais rápido e barato.

Será verdade? Vamos ter que esperar pelo menos até janeiro, para confirmar (ou não).

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Hummm,OLED branco?Não sei,não!A principal característica que eu espero de uma tela OLED é que as áreas pretas da imagem sejam totalmente pretas,ainda melhores que ps plasmas.Espero que o OLED não me decepcione como ocorreu com os LCD/LED que,na minha ignorância,achava que teria um "preto total".Espero que mesmo com o OLED branco,consigam um preto realmente preto..

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