O assunto é polêmico. Ao mesmo tempo em que soa fascinante dirigir um carro que pode se comunicar com outro em pleno trânsito (sim, já existe!), especialistas advertem para o perigo que vem embutido em certas inovações. A revista americana Consumer Reports, eterna defensora dos direitos do consumidor, alertou no final do ano passado que os fabricantes não podem colocar a tecnologia acima da segurança do motorista. E citou vários exemplos de itens prometidos pelos fabricantes que podem, de fato, distrair quem está dirigindo (navegar pelo Facebook é só um deles).
Mas a maioria dos usuários dificilmente irá resistir quando lhe for oferecido um carro que, por exemplo, traz no painel um display 3D onde é possível abrir telas do Google Maps ou do Street View, como é o caso deste Audi da foto acima, exibido na CES. As montadoras apostam no apelo de recursos como o mbrace2, da Mercedes Benz, que adapta aplicativos dos smartphones para o painel do veículo, permitindo transferir facilmente os arquivos (imagine fazer isso dirigindo numa avenida movimentada…). Este vídeo produzido pela montadora alemã ilustra bem o conceito, embora seja particularmente infeliz ao mostrar como o motorista pode encontrar uma cervejaria (!) pelo painel.
A americana Ford, primeira a investir nos carros conectados, ainda em 2007, exibiu na CES os avanços de sua plataforma Sync, desenvolvida em conjunto com a Microsoft, na qual o usuário aciona os comandos do carro pela voz e, se quiser, pode jogar todas as músicas guardadas no seu iPhone para a “rede” instalada no veículo. Aqui, uma entrevista com o presidente da Ford falando a respeito.
E já temos também o “carro que anda sozinho”, ou quase isso. A novidade é da BMW e pode ser conferida neste outro vídeo. Acionando um determinado botão, você deixa que o veículo siga em frente numa velocidade máxima pré-programada, evitando obstáculos e até mesmo obedecendo a sinalização local, enquanto o motorista, se quiser, pode falar ao telefone ou até, quem sabe, escrever emails. Maravilha, não? Por enquanto, trata-se apenas de um protótipo. Mas, pelo vídeo, percebe-se que o tal carrinho é mais inteligente do que muito motorista por aí.
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