Antigamente, havia constrangimento em alguém anunciar que sua empresa estava à venda – mais ou menos como aqueles motoristas que circulam com a placa “vendo” no vidro traseiro de seus carros. Hoje, ao que parece, não há mais. A internet quebrou todas as barreiras para se fazer negócios, não é mesmo?
A história do Variety confunde-se com a própria história do cinema, do teatro e da televisão nos EUA. Todo mundo – todo mundo mesmo – que trabalha numa dessas áreas sente-se na obrigação de ler, ainda que, antes da era digital, uma assinatura anual da edição impressa diária custasse na casa dos 400 dólares; hoje, esse valor dá direito a também receber a versão online. Executivos consultavam o jornal antes de tomar decisões importantes. Diretores, atores e produtores corriam a suas páginas assim que um filme, peça ou série de TV estreava, para saber a opinião de seus colunistas. E, na época da indicação para os prêmios de melhores do ano (Oscar no cinema, Emmy na televisão, Tony no teatro), era no Variety que os produtores veiculavam suas campanhas para tentar ganhar os votos dos “eleitores”.
Ainda é assim, mas não com o entusiasmo de dez ou quinze anos atrás. Na era do Twitter e do Facebook, as notícias fresquinhas, que antes todo mundo lia primeiro no Variety (no Brasil, não há nada parecido), agora são os próprios artistas e seus empresários que divulgam, via blogs e mensagens curtas. As campanhas para o Oscar, por exemplo, hoje são todas online, com os membros da Academia sendo “tuitados” várias vezes ao dia no período que antecede a premiação. Muitos nem assistem aos filmes, votam com base na movimentação das redes sociais!!!
Talvez apareça logo um comprador para o Variety. Quem sabe o Google ou o Facebook se interessem. Aí, o ciclo estará completo. Arte e entretenimento cairão definitivamente em mãos digitais.
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