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Frente a frente com os gigantes

Alguém já experimentou ficar em frente a uma tela de 145 polegadas? E que tal três pequeninas, de 70″, 80″ e 90″? Já tentaram imaginar como seriam essas “coisas” na sala de suas casas? Além de passar a sensação de nossa insignificância neste mundo de Deus, telas desse tamanho – claro, quando exibem imagens de altíssima qualidade – são reveladoras de até onde pode ir o homem com sua tecnologia.

Sei que estou meio filosófico hoje, mas foi o que me veio à cabeça ao repassar alguns estandes da IFA, aqui em Berlim. Neste domingo, com a feira aberta ao público, os corredores ficaram cheios de famílias, incluindo crianças, com expressão de deslumbramento – como se perguntassem: “O que vamos fazer com um TV desses lá em casa?” Para olhares leigos, as telas gigantes não devem parecer mais do que isso – sonhos deslumbrantes. Mas, deixando de lado a filosofia e procurando encarar pelo lado técnico, a pergunta que surge é diferente: “Como é que esses caras conseguem?”

Vejam o caso da Panasonic. Mostrou o maior TV da IFA, um plasma 3D de 145″ com imagens 8K, que na telinha da calculadora equivale a 16 vezes a quantidade de pixels de um TV Full-HD! É o que os japoneses chamam de “Super Hi-Vision”, padrão já comentado aqui, cujo lançamento comercial está previsto para o ano 2020. Como disse um jornalista inglês, é uma imagem “ridiculamente grande e encantadora”.

Caminhando um pouco, nos deparamos com um, digamos, gigantinho: um plasma 3D de 103″, que dispensa o uso de óculos. Aqui, a resolução é de “apenas” 4K; dividida para dois olhos, chega ao nosso conhecido Full-HD. Problema: é preciso ficar bem de frente, caso contrário as imagens se confundem e lá se vai o efeito tridimensional.

Já tínhamos visto os TVs 4K de led, 84″, da Sony, LG e Samsung, também impactantes, e lá fomos atrás de outros grandalhões. No estande da Sharp, uma parede para não deixar nenhuma dúvida: enfileirados, TVs de 50″, 60″, 70″, 80″ e – acreditem – 90″. Sem falar em 4K, o diretor da empresa dizia, num inglês macarrônico (é italiano), que todos são Full-HD e estarão disponíveis em breve no mercado europeu. Preços ainda indefinidos, mas, de qualquer modo, bem mais baixos do que serão (ou seriam) os 4K. Isto é, sonhos mais acessíveis.

Podemos ir fazendo planos para nossas casas, portanto. Um TV de 90″ na sala, outro de 80″ no quarto, talvez um “minúsculo” de 60″ na cozinha (deixando a geladeira na área de serviço…). Este talvez seja o nosso futuro: conviver com os gigantes.

Em tempo: alguns desses aparelhos deverão estar no mercado brasileiro até o início de 2013. A Sharp do Brasil está trabalhando para isso. E quem quiser ver os TVs gigantes da IFA pode acessar a seção de vídeos do nosso hot site. Não tenham medo: eles não fazem nada.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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