Independente da qualidade dos produtos, que certamente causarão grande impacto em quem está acostumado às imagens Full-HD, a tecnologia 4K é vista como oportunidade para o varejo americano, pela primeira vez em muitos anos, não ficar dependente de descontos e promoções de Natal. Em plenos preparativos para a Black Friday (sexta-feira do feriado de Ação de Graças, que este ano cai em 23 de novembro), quando por tradição todos os varejistas concentram suas promoções, a indústria eletrônica percebeu que os TVs 4K podem ser a cereja desse bolo.
Explico. Há anos que os fabricantes não conseguem manter suas margens de lucro em TVs. Com a guerra de preços, também os lojistas – pelo menos a maioria – constataram que esses aparelhos servem mais para atrair clientes às lojas do que propriamente para encher o caixa. Esse é um fenômeno mundial. A única maneira de enfrentá-lo é lançando algo completamente diferente, e bem mais caro. Se uma quantidade razoável de consumidores estiver disposta a pagar por isso, aí sim se conseguem margens mais compensadoras.
(Cabe aqui uma breve pausa: por mais que se odeie o capitalismo, ninguém até hoje descobriu uma fórmula de manter as empresas funcionando e gerando empregos sem preservar suas margens de lucro. Até o velho Marx concorda!)
O TV 4K da LG tem preço estimado de US$ 20 mil para os EUA (cerca de R$ 40 mil para o Brasil), enquanto o da Sony sai por US$ 25 mil (sem previsão para o mercado brasileiro, por enquanto). Certamente, poucas famílias poderão adquiri-los, mas quando se vê uma pesquisa como esta, da Nielsen, indicando que existem mais de 13 milhões de famílias americanas com alto poder de compra, embora não sejam milionárias, percebe-se que a indústria está correta. Se 0,1% delas comprarem um TV 4K, já serão 13 mil aparelhos vendidos – a propósito, quantas famílias desse nível haverá no Brasil?
Não sei se isso resolve o problema de fabricantes e lojistas, mas com certeza ajuda. Sem falar que muita gente vai querer ir às lojas só para ver um TV 4K funcionando. E, aproveitando a viagem, sempre acabam levando alguma coisa. Ou não?
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O tv da LG custa U$20,000 nos USA e R$40.000 aqui no Brasil?O mesmo preço???
Se isso acontecer,será a primeira vez que um aparelho eletrônico não terá seu preço multiplicado ao adentrar terras tupiniquins.
Será um fato memorável,em ritmo de"nunca antes na história deste país..."
Infelizmente,duvido...
Sim, Rubens, é o que eles estão divulgando. Também achei estranho, vamos aguardar. Abs. Orlando.