Vou tentar aqui resumir a avaliação sobre as propostas de Obama e Romney que têm a ver com as empresas e os trabalhadores ligados à indústria eletrônica.
1) Enquanto Obama promete cortar os impostos pagos pelas pequenas e médias empresas (que constituem a maioria no segmento), Romney não é tão enfático a respeito, deixando dúvidas no ar. Garante que não irá aumentar impostos de nenhuma empresa, grande ou pequena, o que é muito vago. Obama já tem um plano em andamento, o chamado JOBS (Jumpstart Our Business Startups, algo como “estímulo ao surgimento de novas empresas”). O plano prevê mais financiamento para quem quiser abrir seu próprio negócio, aumentando de 5 para 50 milhões de dólares o teto para esses empréstimos; e menos burocracia para pequenos e médios empreendedores venderem ações e, com isso, capitalizar suas empresas. Obama também propõe criar um fundo de US$ 1 bilhão para financiar investimentos de pequenas empresas (até 50 funcionários); Romney nada diz a esse respeito.
2) Por ter sido empresário de sucesso, antes de governador, Romney é visto por muitos como mais capacitado a entender as necessidades do país, no momento em que tantas empresas estão em dificuldade. Enquanto Obama promete aumentar os impostos pagos pelos mais ricos para diminuir o déficit atual, Romney garante que não fará isso. Com esse argumento, profissionais dos setores de construção e projetos apoiam Romney, alegando que os ricos são os maiores consumidores de seus produtos. O ex-governador propõe cortar de 35% para 25% a taxação sobre empresas (Obama promete 28%), justificando que isso as fará contratar mais gente.
3) Os dois candidatos concordam que é preciso atrair as empresas americanas a produzirem no próprio país, e não construir fábricas na Ásia como têm feito. Mas Obama é claro em criar incentivos fiscais às que o fizerem, enquanto Romney não incluiu isso em seu programa.
4) O atual presidente também lançou um polêmico programa de assistência médica, apelidado “Obamacare”, que na prática concede incentivos a empresas que ofereçam planos de saúde a seus funcionários. Já Romney diz que isso vai significar mais custos, levando as empresas a contratar menos. Além disso, argumenta que a medida é um desestímulo à inovação na área médica.
De modo geral, enquanto trabalhadores e pequenos empresários apoiam Obama, a maioria dos executivos e donos de grandes empresas defendem Romney. O próprio Gary Shapiro, presidente da CEA (Consumer Electronics Association), que representa os fabricantes de eletrônicos, não perde uma só oportunidade para criticar Obama e defender Romney. Não é por acaso, como se vê.
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