A ideia é construir a primeira arena esportiva do mundo com o padrão denominado net-zero-energy, em que toda a energia consumida é produzida dentro do próprio estádio. Essa é uma tendência da arquitetura moderna, mas confesso que me surpreendi ao saber que já é utilizada no Brasil – e num estádio de futebol. Com todas as denúncias que temos visto quanto aos orçamentos da Copa e aos “elefantes brancos” que estão sendo construídos, fica difícil acreditar que vá dar certo.
Segundo Ian McKee, responsável pela obra, a ideia é obter a certificação LEED, concedida aos chamados edifícios sustentáveis. Ele enumera alguns dos recursos previstos para o estádio, que terá capacidade para 70 mil espectadores:
*Anel de células fotovoltaicas sobre a cobertura, para captação de energia solar que alimentará todos os quadros de força;
*Membrana fotovoltaica para captar o ar e filtrar a poluição, de tal forma que esta não entre nos ambientes internos;
*Coletores da água de chuva e sistema de reciclagem para permitir que essa mesma água seja usada em todas as instalações;
*Reguladores eletrônicos de fluxo de água, para prevenir desperdícios;
*Uso de luz natural em toda a edificação, com cortinas elétricas a serem acionadas quando o sol estiver forte (o que ocorre na maior parte do ano em Brasilia);
*Reutilização em alta escala dos materiais que ficaram da demolição do estádio antigo;
*Estacionamento interno para 3.500 bicicletas, para estimular os torcedores a irem ao estádio usando esse meio de transporte.
Parece sonho? O próprio McKee diz que nunca ouviu falar de um estádio assim em qualquer lugar do mundo. Custo estimado: US$ 400 milhões, segundo o escritório de arquitetura Castro Mello, contratado para a execução – isso mesmo: de dólares! É menos, dizem, do que está sendo gasto no Maracanã e no Itaquerão, que já estouraram a marca de R$ 1 bilhão. A vantagem de Brasilia, diz McKee, é que esse custo poderá ser amortizado em dez ou doze anos apenas com a economia de energia.
A conferir depois da Copa.
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Mas, ainda assim, é feio que dá dó... E pelo fato de ser todo "aberto" em volta, os torcedores provavelmente terao que enfrentar vento, chuva e sol nos acessos... É o politicamente correto, como sempre, tirando o conforto das pessoas.
Rubens, discordo de você quanto ao conforto. Ainda que o coberto seja, talvez, o mais adequado, o fato do estádio ser ventilado implica em maiores incômodos somente em caso de chuvas, especialmente em uma região com o clima de Brasília.
Quanto ao custo e Maracanã, Itaquerão e outros, Orlando, nós ficamos fazendo de conta acreditamos enquanto os envolvidos nos projetos fingem que é verdade. Ces't Brasile.