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O Brasil e as novas tecnologias

O repórter Ricardo Marques, que cobre a CES 2013 para a revista HOME THEATER & CASA DIGITAL, conversou em Las Vegas com Carlos Paschoal, diretor de marketing da Sony Brasil, e confirmou: além do TV de 84 polegadas, lançado em novembro último, a empresa também planeja trazer para o mercado brasileiro dois outros modelos 4K que estão sendo mostrados na CES, de 55″ e 64″. A ideia seria tornar a tecnologia mais acessível, já que o modelo de 84″ está saindo, digamos, um tanto salgado… R$ 100 mil!!! Mas ainda não foram anunciados os preços dos dois outros.

Também a LG promete trazer o quanto antes ao Brasil seu TV OLED de 55″, que acaba de sair na Coreia e tem previsão para estar em março nas lojas dos EUA e Europa. Confesso que estou curioso para testar o aparelho e também para saber qual será a estratégia da LG nesse caso. Para mim, foi um “milagre” o lançamento do TV 4K LG por R$ 45 mil, considerando que seu preço no mercado americano gira em torno de US$ 25 mil. Não sei qual foi a “mágica”, mas o fato é que essa agressividade mercadológica é uma das principais razões do sucesso das empresas coreanas no Brasil (e não apenas no setor de eletrônicos).

Se um modelo LED convencional de 80″ custa hoje por volta de R$ 28 mil (o Samsung de 75″ sai por um pouco menos), quem sabe o OLED de 55″ não fique por uns R$ 30 mil? Nos EUA, segundo o CEO da LG, Wayne Park, o produto começa a ser vendido em março, por US$ 12 mil. Aliás, Park disse também que logo será lançado um modelo de 65″. E que, a partir de agora, a empresa não vai mais fabricar TVs LCD convencionais (aqueles com backlight de lâmpada fluorescente), concentrando-se nos painéis de leds. A propósito, acessem nossa página de vídeos sobre a CES.

Fazendo bem as contas, R$ 30 mil não é um preço fora de propósito. Pelo que já apuramos, as encomendas do TV 4K 84″ (repito: R$ 45 mil) não param, e a única queixa da LG é que, devido aos problemas de logística para transportar um gigante desses, somados à já célebre burocracia e à falta de infraestrutura brasileiras, não é possível trazer maior quantidade.

Já o OLED, que pesa cerca de 10kg, deve ser bem mais fácil de importar, vender e distribuir. Ou não? Veremos, a partir de março.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Orlando, nao entendi o "menos que o dobro"... Se a TV 4K LG sai por R$ 45 mil no Brasil (na verdade está custando cerca de R$ 36 mil à vista no Submarino e na FastShop, ou ainda R$ 40 mil a prazo), e por US$ 25 mil nos EUA, entao os precos dos EUA e Brasil sao +/- os mesmos (ate mais barato no Brasil - o que faz supor que esse preco de US$25 mil nos EUA nao é o street price, praticado "nas ruas").

    E aproveitando a mensagem, gostaria de lembrar que boa parte das pessoas que preferem LCD/LED ao plasma, o fazem porque acham que as tvs de plasma apresentam imagens muito escuras, exigindo assisti-las em um ambiente controlado, mais escuro, com cortinas e tal. Isso quando as pessoas normais assistem televisao ate durante o sol do meio-dia e com todos os janeloes da casa abertos... (so cinefilo mesmo para achar normal transformar a sala numa bat-caverna escurecida, meramente para assistir televisao). Essa preferencia do publico por imagens brilhantes, como eram na epoca do tubo CRT (assistindo numa tv nova, com tubo novo), é sempre esquecido nas materias...

    • Olá Rubens, obrigado por mais esta msg. Você tem razão: confundi os números. Obrigado pela correção. Quanto à "polêmica" plasma x LED, concordo que a maioria das pessoas se impressionam com imagens brilhantes. Já comentamos isso algumas vezes. Os fabricantes sabem disso e reforçam o brilho nos LCDs. Abs. Orlando

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Orlando Barrozo

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