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Parcerias que movem o mundo

Já se disse que ninguém faz nada sozinho. No mundo da tecnologia, essa verdade é cada vez mais comprovável, embora muitos não queiram enxergar. Um dos aspectos mais interessantes na CES 2013 é a quantidade de parcerias que estão surgindo, inclusive entre empresas que, à primeira vista, pouco teriam em comum. Se até gigantes e eternos rivais se unem… Vejam o caso, já comentado aqui, das japonesas Sony e Panasonic. Para citar outra frase antiga, a necessidade é a mãe da criatividade.

Passando os olhos pelos sites que cobrem o evento de Las Vegas – e que, aliás, lembram formigueiros, tamanha a sua proliferação -, descobre-se, por exemplo, que a Samsung fechou parceria com a Netflix para promover a tecnologia Ultra-HD (4K). Pelo acordo, os assinantes do serviço poderão assistir aos filmes com a resolução aumentada, desde que, é claro, estejam usando um TV 4K Samsung. A empresa coreana sempre foi pró-ativa em parcerias, e não é por acaso que já oferece cerca de 3 mil aplicativos em seus TVs pelo mundo afora. Muitos deles você não vê no Brasil, porque são parceiros locais, atuando apenas em determinados países, assim como existem os que só são acessíveis para quem reside aqui.

O acordo com a Netflix faz parte de um esforço que a indústria eletrônica percebeu ser indispensável: o de criar mais conteúdos 4K, para justificar ao consumidor o investimento (altíssimo) nesse tipo de TV; ou, se não criar, pelo menos facilitar a distribuição desses conteúdos por todas mídias possíveis. É o caso da Sony, que anunciou para os próximos meses a oferta de filmes em 4K através de seus TVs Bravia compatíveis, usando principalmente as produções da Sony Pictures e da Sony Television (vejam este vídeo).

Certamente, a indústria não quer repetir o erro cometido no lançamento dos TVs 3D, quando colocaram os produtos no mercado sem que houvesse conteúdo à disposição do consumidor. Confiaram exageradamente nos estúdios de Hollywood, que até agora não conseguiram criar uma cadeia de produção e distribuição de filmes em 3D para uso doméstico. Várias superproduções (e outras nem tão super assim) estão nos cinemas, atraindo grandes plateias, mas para quem quer vê-las em casa, ainda que seja com os incômodos óculos, as opções são raras e caras.

Com a tecnologia 4K, corre-se o mesmo risco – como, por sinal, esta discussão deixa claro.

Só para não esquecer: não deixem de visitar nosso hot site CES 2013, com dezenas de fotos, vídeos e informações detalhadas sobre a grande feira de Las Vegas.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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