Numa entrevista ao site ZD Net, ele disse ser inevitável que, mais cedo ou mais tarde, seja criado algum tipo de restrição à navegação pela rede. Kaspersky reconhece que muita gente será contra, mas segundo ele é a única forma racional e eficiente de lidar com a questão da segurança (ou falta de) online. “É mais ou menos como quando se anda na rua: você não precisa de um crachá para isso, mas se quiser entrar num hotel, por exemplo, vai precisar”, diz o homem. “O que chamo de Internet ID não é algo para impedir as pessoas de navegar pelas redes sociais, enviar e receber emails, ler as notícias. É uma forma de garantir que somente as pessoas autorizadas entrem em sites que guardam informações confidenciais, como os de bancos, por exemplo.”
Kaspersky diz que estuda o problema há anos. Não à tôa, sua empresa foi escolhida para assessorar a criação da IGCI (Interpol Global Complex for Innovation), uma espécie de “polícia internacional da internet”, prevista para entrar em operação no ano que vem. Ele sabe que ideias assim causam pavor em certos ambientes, mas se diz otimista: “Quero encontrar o equilíbrio entre privacidade e segurança. Temos que impedir a ação dos bandidos. Acho que as pessoas precisam ter condições de se manter anônimas na rede, mas ao mesmo tempo os governos devem ter ferramentas para pegar indivíduos que se comportam mal no mundo virtual.”
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