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Mais um TV de tela curva

Comentamos anteontem sobre o novo TV OLED da LG, mas a Samsung não podia ficar fora desse segmento (no mundo inteiro, as duas coreanas são as únicas, por enquanto, com esse tipo de aparelho à venda). Esta semana, a Samsung também apresentou em São Paulo sua versão, que é praticamente igual ao LG de tela curva, que comentamos no mês passado (vejam aqui).

É mais uma chance, portanto, para quem tem dúvidas sobre a eficiência desse tipo de tela, de verificar ao vivo seu funcionamento. Segundo os dois fabricantes, a curvatura do display segue o padrão das telas de cinema Imax, usadas para projeções em 3D. Embora pareça estranho à primeira vista, o desenho ao lado mostra que a superfície côncava da tela tem lógica, especialmente em tamanhos grandes. Numa tela plana, existem sempre alguns centímetros de diferença na distância de visualização, conforme a posição do telespectador. Se você está exatamente de frente, enxergará melhor a área central do TV do que as laterais; se estiver à direita, ficará mais longe da área esquerda da tela, e vice-versa. Quando se vê um filme originalmente captado em formato 2.35:1 (a maioria dos sucessos de cinema), a transferência para Blu-ray ou DVD procura corrigir a deficiência, como se vê neste vídeo.

Com a curvatura, na teoria o problema deixa de existir: não importa onde o telespectador esteja sentado, sua distância em relação à tela será sempre a mesma (ou quase isso). É o que acontece nos cinemas, permitindo que a percepção da imagem seja homogênea para todos os espectadores presentes. Isso tem a ver com a quantidade de luz projetada e que retorna integralmente, e ao mesmo tempo, para a plateia.

Bem, essa é a teoria cinematográfica. Se vai pegar ou não nos TVs, é outra conversa. Assim como os dois modelos da LG, esse da Samsung também é caro (preço sugerido: R$ 45 mil) e, portanto, acessível a poucos. Estamos aguardando um dos fabricantes nos enviar seu exemplar para teste.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Vi o TV OLED da Samsung funcionando ao lado de um plasma da Panasonic. Obviamente a imagem mostrada no OLED era preparada para impressionar o possível comprador enquanto o plasma apresentava um filme com cenas escuras e pouco contraste, portanto a comparação não seria justa, mas a imagem do OLED realmente impressiona, era o aparelho que mais chamava a atenção embora não estivesse em uma posiçao de destaque. Esperava que fosse mais econômico em termos de consumo de energia, era categoria "B", enquanto o plasma era "C" e os LED/LCD eram "A". Acredito que a tecnologia ainda tem o que amadurecer e o mercado não vai desistir tão cedo do LCD, a indústria tem investido ainda muito nesta tecnologia e o preço está caindo. Não tenho dúvidas de que o OLED deve dominar o mercado em alguns anos, especialmente com telas flexíveis para aparelhos de telas menores como celulares e tablets (com vida útil mais curta que um TV), o consumo de eletricidade deve ser também melhorado, assim como o rendimento na produção do display, que tem encarecido o produto final (na Europa o preço é cerca de 8 mil Euros). De qualquer forma, estes são desafios que o LCD também enfrentou.

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