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Custo Brasil, sempre ele!

No momento em que tanta gente acaba de receber seu 13° salário e planeja as compras de fim de ano, não gostaria de bancar o estraga-prazeres. Mas, lendo hoje um artigo do economista Ricardo Amorim, não resisti a voltar com esse assunto nada agradável: o custo Brasil. Com uma simplicidade rara entre seus colegas, Amorim aproveita o famigerado episódio do “preço do PlayStation 4” para descrever um game em que competem dois países hipotéticos: Carus e Ricus. E convida o leitor a participar para descobrir em qual deles é melhor viver. Aqui, o texto na íntegra.

É uma leitura valiosíssima para quem quiser entender o país onde estamos. Mas, em resumo, toda vez que alguém se perguntar por que os preços aqui são tão altos, deve pensar em duas coisas: o gigantismo do Estado, que se mete em tudo, rouba seus cidadãos (via impostos) e não cumpre suas obrigações; e nossa terrível distribuição de renda, cada vez mais injusta, apesar dos discursos em contrário. Como já comentamos aqui, isso vale tanto para eletrônicos quanto para qualquer outro produto ou serviço.

Não falei que o assunto era desagradável? Pois é, mas precisa ser enfrentado e discutido. Caso contrário, vamos continuar lendo e ouvindo notícias como as das curiosas compras do governo e da dramática situação de quem precisa de remédios no país. São só dois exemplos, mas como doem.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Sr. Orlando, concordo em parte com o texto acima. Todavia, não foi mencionado o fato de que o XBox da Microsoft vai chegar custando "míseros..." R$2.200,00, e vem, praticamente, completo com os acessórios mais interessantes, e com boa margem de lucros aos retalhistas daqui. Por que não mencionar o que mais impacta nos preços dos produtos estrangeiros no Brasil, que vem a ser a tão-conhecida "ganância" tanto dos comerciantes locais, quanto das empresas estrangeiras que aqui atuam e sabem que podem cobrar o que quiserem que os afoitos brasileiros pagam qualquer coisa para serem os primeiros. A poderosa e onipresente SONY sabe que vendendo o seu "sagradíssimo" PS4 por "míseros" R$2.200,00, por aqui, já estaria lucrando mais do que lucram nos outros mercados (USA-Europa), desde que o cálculo do preço base não parta do preço de venda Americano, os tais US$399,90 anunciados... O que o Sr. replica?

    • Olá Walter, minha opinião está no segundo post em que tratamos desse assunto, publicado em 01/11. Abs. Orlando

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