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Internet já ultrapassa a televisão

Pela primeira vez na história, os investimentos em publicidade online, nos EUA, estão mais altos do que na televisão aberta. Os dados fazem parte do mais recente relatório da PriceWaterhouse e do IAB (Interactive Advertising Bureau), que monitoram o setor: foram US$ 42,8 bilhões em 2013, contra US$ 40,1 da TV. Só a publicidade em dispositivos móveis rendeu US$ 7,1 bilhões (aumento de 108% sobre 2012). No total, TV aberta + TV fechada faturaram US$ 74,5 bilhões.

Como seria de se esperar, o grosso da publicidade online está concentrado em cinco empresas: YouTube, Yahoo, Twitter, Facebook e Google, na contagem da quinta para a primeira colocada. E a categoria que mais rende é a de buscas, com US$ 18,4 bilhões, ou seja, 43% do total online.

Curioso é que um recente artigo do site Contently, especializado em conteúdos digitais, questiona a validade dos anúncios online pela ênfase nos parâmetros tradicionais: número de visualizações (pageviews) e de visitantes únicos. Existem sites que registram mais de 100 milhões de visualizações e que, no entanto, não ganham relevância. Sua audiência é inconstante e inconsistente, impedindo aferir, por exemplo, a qualidade dos visitantes, seu perfil demográfico etc. Geralmente, são sites que não criam conteúdo próprio, apenas reproduzem artigos, fotos e vídeos de outros sites, usando chamadas diferentes.

Sim, é um assunto polêmico. Que eu saiba, ninguém até agora encontrou a “receita mágica” que faça a internet dar dinheiro. Google, Facebook etc. são exceções em meio a milhões de fracassos. Uma vantagem das mídias online é a maior facilidade de medição. Mas, como deixa claro o artigo, não bastam as métricas tradicionais. É preciso analisar itens como relevância, engajamento, conversão. Dá trabalho, mas é muito mais confiável do que a frieza dos números.

Em tempo: apesar de todo o dinheiro envolvido, a maioria das pessoas continua preferindo assistir vídeo na televisão mesmo!

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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