A NHK gravou imagens em 8K da Olimpíada de Inverno em Sochi (Rússia) e editou o material especialmente para exibir na NAB. Desenvolveu, em parceria com fabricantes japoneses, câmeras e displays 8K – um destes tem 350 polegadas! Também foram demonstrados em Las Vegas um encoder HEVC, capaz de codificar e transmitir o sinal 8K em tempo real, e um sistema de áudio 22.2 canais.
Nada disso chega a ser novidade (vejam aqui). O que me chama atenção é a ansiedade em apresentar essas coisas como se estivessem prestes a serem lançadas, quando na verdade a própria NHK estima que antes de 2020 nada disso chegará ao mercado. Experiências vêm sendo feitas em vários locais e eventos, incluindo o carnaval brasileiro, e certamente acontecerão de novo na Copa 2014 e na Olimpíada 2016.
Os estudos sobre TV de Alta definição começaram por volta de 1964, quando surgiu a TV em cores (a NHK gerou então, para o mundo inteiro, imagens da Olimpíada de Tóquio). Ao lançar a HDTV (2K), no início da década passada, fabricantes e emissoras já tinham em mente a evolução para 4K e depois 8K – só não sabiam quando isso seria possível.
Em tempo: não estamos falando aqui dos aparelhos propriamente ditos, mas das transmissões. Como se sabe, no Brasil estas começaram em 2008, ou seja, 16 anos depois da chegada da TV em cores. Certamente, não será preciso esperar outros 16 anos para que as emissoras comecem a produzir sinal regular em 4K. Ou talvez nem comecem: partam direto para 8K. Mas quando? Enquanto isso, ainda temos muito a aproveitar de nosso atual 2K.
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