Categories: Uncategorized

Copa em 4K na TV paga

A Vivo foi a primeira operadora a anunciar oficialmente que fará transmissões em 4K durante a Copa do Mundo. A Net também já decidiu, mas ainda não confirmou como será. No caso da Vivo, serão escolhidos assinantes que possuem televisor 4K, para testes a partir da semana que vem. A operadora já fez acordo com a Globosat, que é quem detém os direitos junto à Fifa. Vale lembrar que, na Copa de 2010, a Net fez transmissões de alguns jogos em 3D, que era a sensação da época.

Hoje, com quase todos os fabricantes apostando no 4K (e a Fifa também), as dificuldades são de outra ordem. Para receber sinal Ultra-HD em sua casa, o assinante precisa de um decodificador diferente dos atuais, com um chip específico e ainda muito caro. A Fifa, através da empresa suíça HBS, comanda tudo que se refere a transmissões de seus eventos. É essa empresa que produz os conteúdos – no caso dos jogos, em parceria com a Sony, patrocinadora oficial da Fifa. O sinal gerado a partir do estádio vai para um satélite, de onde as emissoras autorizadas podem captá-lo, ou seja, todas recebem o mesmo sinal.

Nesta Copa de 2014, pela primeira vez haverá dois sinais: um Full-HD, captado e transmitido pela maioria das emissoras em todo o mundo, e outro Ultra-HD, que exige uma infraestrutura independente e, claro, bem mais sofisticada. No Brasil, somente a Globo (TV aberta) e a Globosat possuem essa capacidade. A Globosat, claro, tem interesse em vender esse conteúdo para todas as operadoras que distribuem sua programação.

É aí que começam as dificuldades. Além de negociar esse preço, a operadora precisar investir na compra dos receptores para distribuir a seus clientes. Muitos, com certeza, aceitariam pagar por eles, mas a menos de duas semanas do início do evento não há tempo hábil para procurar todos eles e fazer a instalação.

Vamos ver como a Net, maior operadora do país, irá resolver a questão. Estamos aguardando informações da empresa.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • Se começarem a colocar obstáculos para o 4K como ter que pagar por decoders caros,não vai pegar.

    A diferença de imagem é grande mas grande parte da população ainda nem tem HD,ficando este em um patamar ainda a ser alcançado.

  • Posso afirmar com conhecimento de causa, como proprietário de uma TV de Plasma (65VT50b), que a tão propalada diferença na imagem só passa a ser significativa mesmo a partir de ecrãs com tamanho superiores a 65". Para um ecrã de 80" ou mais, a diferença, na percepção dos detalhes finos da imagem, compensa a visualização, mas não o preço absurdo de um produto desse tamanho que só concorrerá com a TV de Plasma, no quesito "qualidade absoluta de imagem", quando o sistema 4K vier na tecnologia OLED, sempre em tamanhos de 65" para cima.

Share
Published by
Orlando Barrozo

Recent Posts

Netflix lidera, mas cai mais um pouco

                  Em outubro de 2021, publicávamos -…

4 dias ago

Inteligência Artificial não tem mais volta

Pouco se falou, na CES 2025, em qualidade de imagem. Claro, todo fabricante diz que…

3 semanas ago

TV 3D, pelo menos em games

                          Tida como…

3 semanas ago

TV na CES. Para ver e comprar na hora

Para quem visita a CES (minha primeira foi em 1987, ainda em Chicago), há sempre…

3 semanas ago

Meta joga tudo no ventilador

    Uma pausa na cobertura da CES para comentar a estapafúrdia decisão da Meta,…

3 semanas ago

2025 começa com tudo…

Desejando a todos um excelente Ano Novo, começamos 2025 em plena CES, com novidades de…

3 semanas ago