A Associação Proteste, uma das mais ativas na defesa do consumidor no país, iniciou campanha online para pressionar o Congresso a alterar a legislação referente à garantia de aparelhos eletroeletrônicos. Após detalhado estudo, a entidade constatou que o Brasil está (só para variar) muito atrasado nessa questão. Enquanto na maioria dos países europeus, por exemplo, a garantia média oferecida pelos fabricantes é de dois anos, aqui grande parte dos produtos perde o benefício três meses após a compra.
Não é o caso de TVs e equipamentos de áudio, cujo prazo normalmente é de um ano. Mas quem adquire um computador, câmera, tablet ou smartphone ganha boas dores de cabeça caso o aparelho apresente problemas. Além do aborrecimento, o brasileiro ainda tem o péssimo hábito de não se preocupar com reciclagem. Resultado: 79% dos produtos que falham são simplesmente trocados por novos; a maioria acha que nem vale a pena tentar consertar e os descarta em qualquer lugar.
A campanha está na internet, na forma de uma petição (para assinar, acesse aqui) propondo que o prazo de garantia seja regulamentado em dois anos para todos os produtos. Há ainda um longo caminho pela frente. Já aderiram pouco mais de 6 mil pessoas, e são necessárias 100 mil assinaturas para que o projeto seja encaminhado ao Congresso. Nesta época de eleição, algum candidato mais atento, e em busca de reeleição, poderia encampar a ideia. Dificilmente seria aprovada agora, mas poderia ganhar bons votos.
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Essa proposta significa de cara mais aumento de custos (com produtos mais caros), e principalmente mais importadores ocasionais (como lojas epequenos comerciantes) que serao desestimulados a trazer produtos importados para o Brasil, ja que teriam arcar com os custos de uma garantia de 2 anos...