Era tudo que a indústria não precisava neste momento: uma nova disputa sobre patentes relativas à tecnologia Ultra-HD está dividindo os fabricantes. Surgiu nos EUA um grupo chamado HEVC Advance, reivindicando royalties sobre o uso do padrão de compressão High-Efficiency Video Coding, obrigatório nos produtos 4K a serem comercializados a partir deste ano. Sem HEVC (também chamado H.265), TVs, monitores e projetores não conseguem processar a gigantesca quantidade de dados contida no sinal 4K.
Esta semana, durante a tradicional feira da NAB, que reúne as maiores emissoras de televisão e fabricantes do mundo, essa deverá ser a grande polêmica. O setor vem batalhando pela padronização da tecnologia 4K há pelo menos três anos. Em janeiro, foi constituída a UHD Alliance, consórcio entre fabricantes, produtores de conteúdo e desenvolvedores de software que visa (ou visava?) exatamente a unificação dessas normas. Esse consórcio havia concordado em pagar os royalties ao MPEG, que já desenvolve padrões de compressão há anos; agora, corre o risco de ter que pagar mais, a um segundo grupo.
O problema é que para produzir e distribuir conteúdos em 4K são usados diversos softwares e protocolos, patenteados por dezenas de empresas. Algumas se uniram ao MPEG, outras acharam que estavam recebendo pouco e agora estão no HEVC Advance. Fabricantes, estúdios de cinema, redes de TV e provedores como Netflix e Amazon precisarão decidir quanto (e a quem) pagar, o que pode retardar os lançamentos previstos.
Como lembrou bem o site CNet, a tecnologia agora corre risco de sair das mãos do engenheiros e passar a ser controlada pelos advogados.
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