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O que vale mais: resolução ou contraste?

Comentamos aqui outro dia sobre as indefinições normativas da tecnologia Ultra-HD, e muitos leitores continuam com a clássica dúvida: vale a pena adotá-la agora ou é melhor esperar? A resposta (também clássica) é que o melhor é smpre buscar a tecnologia mais avançada que seu dinheiro possa pagar. Como disse um amigo recentemente, o futuro – adeus, não nos pertence!

Mas vale a pena lembrar uma conversa que tive com Máximo Zecchin, diretor da SIM2, fabricante de projetores e displays de alto padrão. Numa entrevista há cerca de dois anos, ele me explicou por que sua empresa não acreditava na tecnologia 4K. Na semana retrasada, em São Paulo, durante evento da distribuidora Som Maior, ele repetiu os mesmos argumentos. Garante que não tem a menor dúvida a respeito.

“UHD não passa de marketing dos fabricantes de TVs”, diz Zecchin. “Para o usuário, não faz a menor diferença. Ninguém assiste com a cara grudada na tela. E o suposto ganho de resolução não pode ser visto a partir de 3 ou 4 metros de distância.”

Mesmo sendo um dos fabricantes de ponta no segmento de projetores, a SIM2 até hoje não lançou um modelo 4K – nem pretende fazê-lo tão cedo. “Preferimos investir no aprimoramento de brilho e contraste, que são muito mais importantes para a qualidade da imagem”, diz Zecchin.

Um de seus lançamentos este ano, o projetor Nero 3 (foto), substitui as lâmpadas tradicionais por dispositivos de led, o que por si só já garante um nível de brilho muito mais alto. “Desenvolvemos um chip específico para comandar os leds e calibrar a luminosidade, além de um outro para regular a saturação de cores. Mesmo com uma imagem Full-HD, qualquer pessoa percebe a diferença.”

De fato, vimos isso de perto no evento – embora uma comparação pra valer tenha de ser feita com outro equipamento (projetor ou TV) ao lado. Detalhe interessante: o Nero 3 pode projetar imagens de 100 polegadas a uma distância de apenas 30cm da tela; para distâncias maiores, chega a 250″.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Concordo com o Sr. Zecchin. Não percebo tanta diferença entre aparelhos 4K e 2K para projeções até 100 polegadas.
    Em se tratando de TVs, fica mais evidente ainda esta"falta de diferença". Brilho e contraste é que notadamente fazem a diferença.

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