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Arcam e a amplificação classe G

 

 

 

Com a multiplicação dos equipamentos digitais, a indústria de áudio teve que passar por uma intensa reciclagem nos últimos anos. A falsa polêmica sobre o que é melhor (digital ou analógico?) retardou o processo, mas era questão de sobrevivência: hoje, os principais fabricantes de amplificadores e processadores estão no universo digital. Uma das empresas que melhor vêm se saindo nessa adaptação é a inglesa Arcam, fundada em 1976 por dois estudantes da célebre Universidade de Cambridge (o nome da empresa é uma contração de Amplification & Recording Cambridge). Honrando a tradição britânica em áudio, a Arcam ficou conhecida por seus ótimos amplificadores e processadores lançados ao longo dos últimos vinte anos. Sua linha de receivers que chegou ao mercado internacional no início deste ano mantém a reputação.

Agora distribuídos no Brasil pela Audiogene, esses receivers são dos raros que adotam a amplificação classe G, que utiliza fontes de alimentação chaveadas automaticamente, de acordo com a demanda do sinal. Nessa configuração, uma fonte mantém a corrente o tempo todo e uma outra entra em ação quando o sinal requer tensão mais alta. Assim, sempre há uma reserva de energia para fornecer a potência necessária, com taxa de distorção baixíssima (0,02%). O modelo top de linha (AVR750) libera 100W em 7.1 canais ou 120W em estéreo.

A classe de amplificação não tem a ver necessariamente com o desempenho do aparelho, apenas com a configuração interna dos estágios de alimentação. A chamada “classe G” é mais comum em equipamentos profissionais. Para sistemas residenciais, costuma-se utilizar as classe AB e D. Mas o lançamento da Arcam pode significar uma nova tendência. Para entender melhor essas diferenças, sugiro aos leitores este artigo do especialista João Yazbek, proprietário da Advanced Audio Technology.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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