Categories: Uncategorized

Energia? Seus problemas acabaram…

O fato que mais repercutiu recentemente, no mundo da tecnologia, foi a apresentação da Powerwall (foto), a “super bateria” da Tesla, empresa californiana que entrou para a história como inventora do carro elétrico de alta performance. O sul-africano Elon Musk, fundador e proprietário, é mais um ícone do Vale do Silício. No melhor estilo Steve Jobs, ele disse que já tinha vendido 38 mil unidades da bateria (em uma semana…). Faltaria, agora, apenas os investidores colocarem seu rico dinheirinho no projeto, coisa de uns US$ 2 ou 3 bilhões, para produzir o aparelho em escala industrial.

“Não estamos conseguindo atender os pedidos. Tudo saiu de controle, parece que se tornou um fenômeno viral…”, disse Musk num encontro com acionistas e representantes de fundos de investimento que, segundo o próprio, já lhe garantiram US$ 800 milhões para a missão.

Para quem não vem acompanhando: a Powerwall é uma bateria de íon-lítio que mede 1,30m de altura, pode ser pendurada na parede e armazenar 10kW/hora. Funciona conectada à rede de eletricidade convencional, ou a painéis solares ou eólicos, sendo acionada quando há queda de energia na casa. Seu preço ao consumidor é de US$ 3.500. A Tesla promete ainda uma versão para grandes empresas, com capacidade para 100kW/h.

Musk diz que sua criação terá, no futuro, a mesma importância dos celulares, que “libertaram” os usuários das redes fixas. “É uma grande solução, por exemplo, para comunidades distantes, onde a energia regular nem chega”. Tirando a empolgarão típica de um grande vendedor, a Powerwall é uma idéia perseguida no mundo inteiro. Japoneses e alemães, por exemplo, já lançaram produtos parecidos, mas não a esse preço.

Resta saber quanto há de verdadeira tecnologia na idéia. Ou se é apenas mais uma forma de arrancar dinheiro de investidores deslumbrados.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • Uma das inumeras coisas que eles "esqueceram" de comentar é o custo ambiental desta bateria. Porque, ate onde sei, baterias poluem bem mais por unidade de energia que petróleo. É tudo feito de lítio e metais pesados.

    Exemplo: http://spectrum.ieee.org/energy/renewables/unclean-at-any-speed

    Centenas de milhões dessas baterias espalhadas pelo mundo fazem qualquer cenário de pós-guerra termonuclear global parecer baile de debutantes.

Share
Published by
Orlando Barrozo

Recent Posts

TV 3.0 também no satélite

      Um importante avanço pode estar a caminho no processo de implantação da…

21 horas ago

TVs Miniled e a questão do brilho

  Semanas atrás, comentávamos aqui sobre os exageros dos fabricantes na especificação de luminosidade das…

5 dias ago

Panasonic, quase dizendo adeus

                  O que se pode depreender quando…

4 semanas ago

DeepSeek e a nova Guerra Fria

  Antes até do que se previa, a Inteligência Artificial está deixando de ser uma…

1 mês ago

Até onde chega o brilho das TVs?

Meses atrás, chamávamos a atenção dos leitores para os exageros nas especificações de brilho das…

1 mês ago

Netflix lidera, mas cai mais um pouco

                  Em outubro de 2021, publicávamos -…

2 meses ago