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4K HDR, quase obrigatórios nos TVs

Meses atrás, comentamos sobre as dificuldades para os fabricantes de TVs chegarem a um acordo sobre a implantação do padrão 4K (vejam aqui). Embora todos os grandes façam parte da UHD Alliance, que determina as normas para equipamentos e conteúdos, nem todos seguem as regras. Pior: não deixam isso claro para o consumidor, o que é fatal, principalmente agora que começam a surgir mais conteúdos codificados em HDR.

A primeira dúvida: “4K” e “HDR” não são a mesma coisa, embora isso transpareça na publicidade e nos sites de compra. 4K (UHD) refere-se à resolução de imagem, quatro vezes mais alta que Full-HD. HDR (High Dynamic Range) é um processo de gravação que consegue captar faixa dinâmica mais larga, ou seja, pretos mais profundos e brancos mais claros do que vemos habitualmente (a imagem acima é apenas uma ilustração). O sinal codificado em HDR deve ser reproduzido por um display (TV ou projetor) compatível. É possível fazer uma gravação em HDR sem a resolução 4K: a imagem terá mais contraste e cores mais definidas do que em Full-HD (2K).

Mas 4K é uma tendência irreversível: a maioria das pessoas que vêem não quer voltar ao padrão 2K. E a indústria conta com esse fator para aumentar as vendas de TVs 4K, como aliás já vem acontecendo desde 2015. É provável que daqui a dois ou três anos nem sejam mais fabricados TVs Full-HD.

A questão é que nem todos os TVs 4K são iguais, justamente por causa do HDR. Os modelos top de linha das principais marcas reproduzem conteúdos HDR, mas todas também oferecem opções mais baratas 4K (SDR). O consumidor pode se perguntar até que ponto compensa o investimento (a diferença média é de 30%). Se a quantidade de conteúdos em 4K ainda é pequena, menor ainda o número de filmes e séries gravados em HDR. 

Só que isso pode mudar. Sugestão: procurar assistir, nas lojas, a imagens do mesmo filme (ou série) com e sem HDR. Se você perceber a diferença, é porque vale a pena.

Em tempo: num próximo post, falaremos dos TVs com Dolby Vision, que é similar ao HDR.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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