Seria viabilizado com recursos do BNDES e do FINEP, financiando inicialmente projetos de desenvolvimento de dispositivos para saúde, alguns a fundo perdido e outros com juros subsidiados. As regras ainda serão definidas, e haverá uma “banca” encarregada de selecionar os melhores projetos. Mas o governo quer iniciar já em abril a chamada dos candidatos aos financiamentos.
Boa sorte a quem entrar na disputa pelo dinheiro, mas a experiência recomenda não ter ilusões. Sem regras claras, e transparentes, tudo pode acontecer, como sabe qualquer pessoa que já buscou crédito público. Há um mau cheiro no ar quando se propõe atravessar o avanço tecnológico pela via da intervenção estatal. Se grande parte do país ainda carece de infraestrutura confiável de comunicação; se as redes de 5G ainda são um sonho distante (essa tecnologia é fundamental para espalhar os recursos de IoT); e se ninguém até agora sabe o que os candidatos à Presidência pensam do assunto, um plano como esse se reduz apenas, e com muito boa vontade, a uma carta de intenções.
Vamos acompanhar para ver se as promessas atuais param em pé. A propósito, o repórter Edson Caldas, da revista Época, fez um interessante levantamento sobre iniciativas em IoT que já estão sendo implantadas no Brasil – e sem dinheiro estatal (que se saiba). Vale a pena conhecê-las.
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