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Conceito de franquias chega à automação

Pode ser o passo que faltava para fazer decolar o segmento de automação residencial no Brasil. A distribuidora paulista WDC Networks, que há 15 anos atua junto a fabricantes e integradores de sistemas corporativos, decidiu entrar forte em casas e apartamentos. E com um ousado projeto de lojas especializadas, que pretende multiplicar pelo país no modelo de franquias.

Conversei na semana passada com Vanderlei Rigatieri Jr (foto), fundador e CEO da empresa, certamente uma das que mais vem crescendo no país – segundo ele, 45% ao ano, em média, desde 2014. Conseguiu atravessar a maior recessão da história praticamente dobrando de tamanho em instalações físicas e número de funcionários. Rigatieri contratou a consultoria de Marcelo Cherto, pioneiro das franquias no Brasil, para desenhar um modelo que permita chegar a 100 lojas com a marca Casa Conectada até o ano que vem.

“Sei que é uma meta ousada, mas fiquei empolgado quando vi os números desse mercado e o potencial das novas tecnologias”, me disse Rigatieri. “O Brasil tem cerca de 63 milhões de domicílios, e quantos deles têm algum tipo de automação? Menos de 1 milhão. E grande parte dessas pessoas está insatisfeita com o investimento que fez. Acho que podemos resgatar esse consumidor e atrair milhões de outros que ainda não tiveram a chance de experimentar automação”.

O entusiasmo do empresário é contagiante. A chave para essa expansão seria mostrar que as tecnologias se tornaram mais simples e os custos bem mais acessíveis. Seus cálculos fazem sentido, embora não haja estatísticas confiáveis sobre esse mercado. Se conseguir atingir 2% do país, terá cerca de 1,2 milhão de clientes; se vender 1 milhão de câmeras de segurança IP, 1 milhão de fechaduras biométricas, 1 milhão de módulos para controle do consumo de energia – todos esses itens básicos em qualquer sistema de automação -, já será um enorme sucesso.

Hoje, a WDC já trabalha com as soluções da Munddo, da qual adquiriu o controle no ano passado, mais uma boa variedade de marcas de peso: Hikvision (câmeras), Yamaha (áudio/vídeo), Samsung (telas de led), D-Link (modems WiFi), Kaadas (fechaduras inteligentes), Bosch (sensores)… são mais de 30 marcas (vejam aqui). 

Vale a pena prestar atenção em seus próximos passos.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Não vejo um futuro na automação, isso poderá ter o mesmo destino do home theater, o problema é cultural, e como já mencionei em outros posts e comento com as pessoas, a maioria dos brasileiros NÃO tem a mínima cultura para uma série de assuntos, e a automação é uma delas - Isso é uma realidade.

    A questão dos números apresentarem que existem milhões de residências e empresas de médio porte que não tem automação embarcada, e são grandes ´´potenciais´,na verdade, não siginifica ABSOLUTAMENTE NADA, pois existem dezenas e dezenas de milhões de pessoas no Brasil que não tem carro ou moto que é um necessidade de segundo plano (o primeiro seria seria a casa própria) e nem por isso, a industria consegue vender carros e motos novas e usadas para aqueles milhões que não possuem carro, e ter transporte próprio, é MUITO mais importante que ter automação, ou home theater.

    É lógico que existe um nicho do mercado, mas está muito mas muito longe de ser como o mercado espera.

    Enfim, essa é a minha opinião, pois estou no campo todos os dias, e alguns de vocês não fazem idéia doo vejo por aí ou sofro.

    Ab$ a todos.

  • Como disse o nosso amigo Elias, está fatia de mercado que consome este setor é muito pouca, acredito que principalmente pelo custo que estes produtos chegam no Brasil, um reiciver no Estados Unidos é em média de 200 dólares, aqui é em média de 5 mil. É muito difícil conquistar um objeto nessa área !

  • Elias e Rodrigo deixem o mercado funcionar sem interferência do governo ( com impostos escorchantes e regulações ridículas ) que poderão sentir o futuro em pouco tempo e com custo acessível.E isso não é minha opinião ,viu,Elias, é a realidade.

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