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Em busca do (que parece) impossível

Desde abril está disponível no Brasil o Smithsonian Channel, mais um canal com programação qualificada na TV paga brasileira. Nesta noite de sábado, quando se comemoram os 50 anos da chegada do Homem à Lua, o canal traz uma programação mais do que especial, encerrando a série “Missa Lua” com o documentário O Dia em que Caminhamos na Lua (The Day We Walked on the Moon), produzido em parceria com a Nasa (aqui, um trailer). 

O filme traz depoimentos inéditos, como o do astronauta Michael Collins, que ficou no comando da nave Apollo 11 naquele 20 de julho de 1969, enquanto seus colegas Neil Armstrong e Buzz Aldrin caminhavam na superfície lunar – os dois já faleceram, mas sua façanha é relatada no documentário em depoimentos de seus filhos. Collins, portanto, é o único sobrevivente da epopeia. Hoje com 88 anos, ele voltou recentemente à base de onde a nave foi ejetada em 16 de julho daquele ano (vejam aqui).

É de Collins a frase que a meu ver resume melhor o feito: “É da natureza humana ir até o limite, ver e tentar entender. A exploração (do espaço) não é uma escolha, é imperativa”.

Concorde-se ou não com os bilhões de dólares gastos na corrida espacial, que já comentamos aqui, é fato que a chegada de dois seres humanos à lua, transmitida ao vivo pela televisão, foi o acontecimento tecnológico mais marcante do século 20. Para quem não viveu aquele momento, o espetáculo de hoje à noite na TV é obrigatório.

 

 

Ainda mais que o Smithsonian Channel, mantido por uma das mais importantes entidades de pesquisa e cultura do mundo, foi além da mera comemoração. Produziu um aplicativo de realidade aumentada (foto ao lado), já com versão em português, que permite a qualquer pessoa simular as situações vividas pelos astronautas naquela tarde/noite de 1969. Chama-se Apollo’s Moon Shot AR e pode ser baixado em qualquer dispositivo móvel. 

Serviço incompleto: o Smithsonian pode ser assistido no canal 590 da NET/Claro, mas não sei se está disponível nas outras operadoras. O site não informa. Quem quiser que tente descobrir. Tente ligar para sua operadora e dizer “Houston, we have a problem”, como o personagem de Tom Hanks em Apollo 8, filme de 1995 sobre a turbulenta missão que antecedeu a Apollo 11 e que marcou a primeira volta de uma nave tripulada em torno da lua. Seja qual for a resposta, não terá sido uma falha da Nasa.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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