Já é consenso mundial – exceto entre os terraplanistas – que todos os países devem buscar as fontes de energia limpas e renováveis. Petróleo e carvão definitivamente estão em decadência, embora ainda devam ser usados por algumas décadas. E o Brasil é privilegiado por possuir água, sol e vento em quantidades planetárias. Só não é privilegiado com os governantes que coloca no poder.
É um sistema adotado em dezenas de países e, até hoje, o mais bem sucedido. Além de ampliar as economias dos usuários, incentiva o uso de energia limpa e renovável, reduzindo a poluição, e ajuda a eliminar os gargalos de fornecimento de eletricidade em determinadas regiões do país. A Agência quer retirar gradativamente os subsídios concedidos em 2012, e que devem durar 25 anos.
A alegação é que esses incentivos custam caro ao governo (R$ 340 milhões por ano), que precisa reduzir suas despesas. Um argumento difícil de engolir, como explicou em artigo a jornalista Miriam Leitão, de O Globo: “O subsídio ao uso do carvão custa três vezes mais, R$ 1 bilhão, e o governo quer que o BNDES volte a financiar termelétricas a carvão, medida suspensa no governo Temer”, escreve ela.
Ora, se óleo e carvão custam mais caro e poluem mais, por que não substituí-los aos poucos por energia solar e eólica, aproveitando as dádivas do país que é bonito por natureza? Fácil: a guerra dos lobbies que, como em tantos outros casos, contamina essa discussão. As concessionárias não querem perder a mamata de fornecer energia no modelo tradicional em que controlam tudo, algo que, por sinal, fica bem claro analisando uma sessão recente do Senado que tratou do assunto (vejam aqui).
A ANEEL é, até certo ponto, independente do governo – o que, nesse caso específico, é um perigo. Mas já baixou um pouco a bola (vejam aqui). No entanto, é bom não esquecer o que diz Miriam Leitão: “Com tanto sol e vento, com as experiências bem-sucedidas, é impressionante que se gaste R$ 1 bilhão por ano com o subsídio ao carvão, e o governo queira voltar a financiar as térmicas. E que o Ministério anuncie planos de construir seis centrais nucleares até 2050, fonte que tem sido abandonada em outros países, porque custam caríssimo, como o Brasil sabe bem, e porque são perigosas, como o mundo aprendeu em Fukushima e Chernobyl”. (o artigo todo pode ser lido aqui)
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Embora seja apontado como o melhor, o sistema de geração distribuída poderia ser melhor.
Quanto as nucleares, sem apoio ao excelentissimo, existem projetos onde a segurança é projetada de forma nativa. Vide exemplo a iniciativa energértica nuclear proposta pela Bill e Melinda Foundation, onde por exemplo o resfriamento do nucleo é feito com metal liquido que não ferve nem seca, e o material radioativo utilizado para geração é simplesmente o lixo radioativo de outras "usinas nucleares", entre outras implementações.
Basear o medo nas nucleares pelos projetos fracassados de 60 ou 70 anos de idade é ter visão limitada.
De qualquer forma, toda casa desse pais recebe uma grande quantidade de sol que poderia ser melhor aproveitada!