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Comparando TVs por dentro

Na manhã desta terça-feira, assistimos a uma demonstração inédita no show-room da LG em São Paulo. Quatro TVs posicionados lado a lado sobre uma bancada, todos com a face da tela virada para baixo, puderam ser examinados de perto pelos jornalistas. Bem, mas o que há de interesse em observar TVs por trás, e ainda por cima desligados?

É que a demo criada pelo pessoal da LG não visava comparar diretamente a qualidade de imagem dos aparelhos – isso pode ser feito em qualquer loja. O objetivo era mostrar por que os TVs com painel orgânico (OLED) são superiores aos LED-LCDs, inclusive aqueles que utilizam pontos quânticos (QLED) ou células (NanoCell). Abertos na frente dos convidados, foi possível ver o que existe dentro de cada um dos quatro TVs.

Para compor a imagem que o usuário vê na tela, os TVs baseados em LCD – LED, QLED e NanoCell – utilizam várias camadas internas (foto ao lado), cuja função é otimizar a luz gerada pelo backlight (este em geral é a última camada na traseira do gabinete, protegida por um painel metálico). Por mais intensa que seja, essa luz precisa ser filtrada e direcionada de modo uniforme sobre toda a área do painel LCD, onde estão os pixels formando a imagem. Quando isso não é feito corretamente, ocorrem vazamentos de luz nos cantos da tela e distorções nas cores.

Esses filtros e difusores de luz não são necessários num TV OLED, porque os pixels orgânicos emitem a própria luz, respondendo a impulsos elétricos, que traz ganhos em nitidez e contraste. Por isso, o gabinete de um OLED é muito mais fino (e também mais sensível), a ponto de poder, em alguns casos, ser virtualmente colado na parede. Ou enrolado, como nos mostrou um dos técnicos da LG.

 

Para provar, eles desmontaram ao vivo um TV OLED, utilizando chave de fenda e alicate, um espetáculo de partir o coração para quem sonha ter um desses em casa e, por azar, não possui saldo bancário suficiente. A camada de pixels, feita de um vidro especial ultrafino, saiu toda arranhada e amassada (vejam a prova). Mas ninguém teve mais dúvidas sobre por que esse tal de OLED é tão bom.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • eu ja sabia, o problema do oled era a fabricacao de telas grandes e isto ja foi superado

  • Tenho uma oled n7p não tenho que reclamar em questão de qualidade de imagem top parabéns a LG pelas oled

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