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Tecnologia no combate ao vírus

Impressionantes as imagens de hospitais chineses em regime de emergência total por causa da epidemia. O maior país do mundo se tornou vetor de mais um vírus, só que desta vez a tecnologia está exercendo papel fundamental no combate. Vídeos no YouTube – como este – mostram o incrível trabalho dos robôs que entregam comida e medicamentos aos pacientes, evitando o perigoso contato com médicos e enfermeiros, além de fazerem a desinfecção dos ambientes e até a coleta de lixo hospitalar.

Gigantes chinesas da tecnologia – como Alibaba, Tencent, Xiaomi e Huawei – foram convocadas pelo governo para colaborar nesse verdadeiro esforço de guerra. Numa das unidades da Tencent, pesquisadores de universidades trabalham arduamente na busca de uma vacina contra o coronavírus.

Os exemplos são vários. Reportagem da CNN mostrou robôs que conseguem medir a temperatura de 10 pessoas ao mesmo tempo, detalhe decisivo com uma doença que se espalha tão rapidamente. Ao detectar alguém com temperatura acima do normal, o robô imediatamente tira uma foto e envia para o médico.

Certos robôs conseguem abrir e fechar portas e até tomar elevador. Outros são usados para desinfectar parques, estações e locais de grande aglomeração. E outros ainda são apelidados UVBC, pois carregam um scanner que examina até 200 pessoas num único dia (“BC” vem de bacteria-killer). Drones com câmeras termais de vídeo e carros autônomos também estão sendo muito úteis no trabalho.

Como se vê, todo o esforço da China nos últimos 30 anos para investir em educação e tecnologia está se pagando com sobras. Conversando a respeito com um amigo, este lembrou que, não fosse esse tremendo aparato tecnológico, o número de vítimas fatais do coronavírus teria sido muito maior. 

Outro amigo, porém, ressalva que tudo só é possível porque a China é uma ditadura, governada com mão de ferro pelo Partido Comunista, onde empresas e cidadãos têm que obedecer sem contestar. Há controvérsias. Em 1973, plena ditadura brasileira, um surto de meningite resultou em dezenas de mortes que talvez fossem evitadas se o governo não tivesse proibido a divulgação de notícias sobre a doença.

E agora mesmo, na China, o presidente Xi Jin Ping demorou duas semanas para autorizar notícias sobre o coronavírus – tempo suficiente para contaminar milhares de pessoas que poderiam ter sido salvas (até o momento em que escrevo, já foram registradas 3.509 mortes).

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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