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Luz azul, a vilã dos displays

 

 

Ela é companheira de todos nós que trabalhamos com monitores, assistimos televisão e nos tornamos dependentes do celular. Só que não a enxergamos, e por isso ela é mais perigosa. Falo da luz azul (blue light), componente fundamental dos raios solares e também de lâmpadas e displays à base de leds. Quem, como eu, já tem problemas decorrentes de fadiga visual pode tranquilamente afirmar que trata-se de uma inimiga invisível.

É um alívio, por isso, saber que existem recursos nos TVs e monitores que permitem reduzir a incidência de luz azul nas imagens. É o que se chama Eye Comfort Mode, Dark Mode ou High Contrast Mode, dependendo do fabricante. São ajustes manuais que cada usuário pode fazer dependendo de sua sensibilidade à radiação das telas que utiliza. Há uma pesquisa recente da Nielsen revelando que, nos EUA, cada pessoa atualmente passa em média 11 horas por dia diante de displays. No Brasil, não deve ser muito diferente.

E há diversos estudos apontando para os efeitos negativos dos leds sobre a visão, mais até do que as lâmpadas incandescentes (vejam um deles aqui). Quanto mais branca é a luz, maior a quantidade de raios azuis que, com o uso prolongado, podem inflamar e danificar irreversivelmente a retina. 

Sendo assim, quem quiser preservar uma visão saudável deve seguir algumas recomendações de especialistas, como:

*Reduzir ao mínimo necessário o brilho da tela.

*Evitar passar horas seguidas diante do computador; o ideal é descansar os olhos por 10 minutos a cada duas horas, no máximo.

*Nesses intervalos, procurar olhar para longe, sem foco definido; isso relaxa os olhos e compensa o fato de que passamos muito tempo com o computador bem próximo do rosto. 

*Evitar usar celular, tablet ou monitor em ambiente escuro, pois isso estressa a retina e as pupilas, aumentando seu desgaste.

*Buscar apoio médico para indicação de colírios e lubrificantes oftálmicos adequados (não comprar qualquer um à venda na farmácia da esquina).

Recomendo ainda este artigo do site da Zeiss, famosa fabricante de lentes de contato, que explica tecnicamente o comportamento da luz azul e seus efeitos sobre a retina. Um preview: assim como os raios ultravioleta do sol prejudicam a pele a partir de certa intensidade, os raios azuis são benéficos em vários pontos, mas seu uso excessivo pode levar a sérios problemas oculares.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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