Categories: Uncategorized

O charme imponente das caixas torre

Um dos destaques da edição de julho da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL é uma reportagem sobre as caixas acústicas torre, que continuam sendo referência de qualidade em todo o mundo, especialmente na reprodução musical. Apesar da enorme popularização dos modelos compactos – incluindo bookshelf, caixas de embutir e as cada vez mais onipresentes soundbars – as “colunas”, como chamam os portugueses, não perdem seu apelo.

Foi interessante, durante a pesquisa para essa reportagem, “viajar” um pouco sobre a história desse que para muita gente boa é o componente mais importante de um sistema de áudio. Ao contrário dos eletrônicos, a caixa acústica continua tendo hoje as mesmas características fundamentais de quando foi inventada, ali pela terceira década do século passado (este site equivale a um bom passeio por essa história).

A propósito, o termo “caixa acústica” é usado somente no Brasil, provavelmente em função da aparência dos gabinetes de madeira. Em inglês, usa-se um único termo – loudspeaker – para identificar tanto a caixa quanto o alto-falante dentro dela. Vale uma olhada neste vídeo, que traz belas imagens e explicações sobre a evolução dos falantes.

As torres (floor-standing), que surgiram entre os anos 1960 e 70, logo ganharam status de superioridade. Na época dos grandes shows de música ao vivo, com caixas enormes no palco, as torres se tornaram ícones do áudio bem reproduzido, e em volume alto, o que até hoje ainda confunde muita gente; afinal, tocar alto não significa “tocar bem”, e potência não é sinônimo de refinamento sonoro. Nem toda torre pode ser levada a sério, acusticamente.

Várias marcas contribuíram para fixar o prestígio das caixas torre ao longo das últimas décadas: as americanas Altec, Wilson Audio e Thiel; as inglesas B&W e Wharfedale; a dinamarquesa Dynaudio e mais recentemente a francesa Focal, apenas para citar alguns exemplos do mundo high-end. No Brasil, além de B&W e Focal, o consumidor pode encontrar marcas como as americanas Revel, JBL, Polk e Klipsch; a italiana Sonus Faber, a inglesa Monitor Audio e a dinamarquesa Jamo, todas com distribuição regular, além da brasileira AAT.

Infelizmente, a pandemia restringiu muito as possibilidades de se visitar show-rooms bem montados para ouvir demonstrações das boas caixas acústicas. Ainda assim, essa é uma regra de ouro para quem quer investir em áudio de qualidade: ouvir, experimentar e procurar treinar os ouvidos. Por mais que os fones estejam conosco praticamente o tempo todo, nada se compara ao prazer da boa música reproduzida em boas caixas acústicas.

Aproveito para sugerir aos leitores um pit-stop na seção Música, que traz boas referências para se ouvir e exercitar esse prazer. E para baixar a reportagem sobre caixas torre, este é o link.

 

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • Olá Senhor Orlando .
    Grato pela matéria de grande conteúdo .

    Em meu cinema tenho as caixas torres de alta performance (importadas dos Estados Unidos ) e nas frontais como nas surround vem também bem em baixo o sub o que não temos mais no lançamentos atuais assim fiquei sabendo ou estou enganando . Não abro mão de ter caixas torres pois sei do ganho e peso no envolvimento sonoro e pra mim é um grande diferencial e se eu precisar trocar e assim penso vou adquirir novamente caixas torres com absoluta certeza ! Tenho que ressaltar que para um bom desempenho temos que ter os demais equipamentos no mesmo nivél e nunca esquecendo de fazer um bom investimento nas conexões e um ótimo condicionador de energia para que faça a filtragem de tudo !! Os pequenos detalhes podem fazer a grande diferença !!
    Tenho sim interesse em breve na compra das caixas torres da marca B&W . Tem que ser torres .

    Um forte abraço Orlando e fique com Deus sempre . Amém

    JOSÉ CARLOS
    COLATINA ES

Share
Published by
Orlando Barrozo

Recent Posts

Trump, tarifas e tecnologias (1)

    São tantos os malefícios causados pela nova política comercial do governo americano que…

6 horas ago

Um concorrente para HDMI e USB?

      Em meio às polêmicas envolvendo EUA e China, chega do Oriente uma…

2 dias ago

Cancelamento de ruído é um perigo…

      A lição vem de uma colega americana (Tammy Rogers, do excelente site…

3 dias ago

Home Theater agora é 100% digital

Lançada em maio de 1996, a revista HOME THEATER (que em 2008 acrescentou o título…

3 dias ago

Quem vai bancar a energia da IA?

Em meio à avalanche de notícias sobre Inteligência Artificial, especialmente após a mudança de postura…

2 semanas ago

Netflix e Samsung, agora abraçadas

Demorou, mas enfim a Netflix decidiu adotar - por enquanto, somente nos EUA e Canadá…

2 semanas ago