Eu mesmo cancelei a minha, alertado por um amigo especialista em segurança cibernética: Musk quer transformar o Twitter numa espécie de parque de diversões online, vendendo a ideia de que os tuiteiros têm “liberdade total” para postarem o que quiserem. Claro, como todo ditador, ele se reserva o direito de mudar de ideia quando lhe for conveniente, mudando as regras de acordo com seus humores pessoais.
O risco, diz esse meu amigo, é que os dados dos usuários (ainda são mais de 300 milhões…) ficam ainda mais vulneráveis do que já estavam. Claro, no mundo de hoje ninguém pode ter ilusões quanto a privacidade e segurança de dados pessoais. A partir do momento em que você publica opiniões e exibe fotos com intimidades até de sua família, como muitos fazem, não há do que se queixar.
Mas Musk já se revelou um magnata perigoso – mais até, talvez, do que Donald Trump, que ficou bilionário com a especulação imobiliária, deu vários golpes na praça de Nova York (ainda responde a processos por isso), virou astro de TV e acabou chegando à Casa Branca, num esquema baseado em fraudes, mentiras e chantagens – para quem tem dúvidas ou não se lembra, vale muito assistir ao documentário Privacidade Hackeada, na Netflix.
Enfim, é impossível saber o que acontecerá com o Twitter. Agradeço a quem me acompanhava lá, mas agora sigo apenas no Facebook e LinkedIn. Por enquanto. E, antes que perguntem, não tenho a menor intenção de entrar no Koo, a rede indiana que busca herdar os tuiteiros brasileiros. No Koo, não!
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