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Subwoofers de teto: uma ótima solução

 

 

 

Não é novidade em outros países, mas no Brasil só recentemente os projetistas de home theater e sonorização começaram a usar subwoofers de teto. Na longa evolução das caixas acústicas, que teve início há mais de 100 anos, a invenção desse aparelho pode ser considerada mais um importante passo.

Todo profissional de áudio sabe como é complexa a reprodução das baixas frequências. Quando só existiam equipamentos analógicos, o conceito de que graves exigem gabinetes amplos feitos de boa madeira era quase um dogma. O avanço digital e a descoberta de novos materiais permitiram desenvolver softwares que replicam graves e subgraves perto da perfeição. Não é por acaso que existem hoje vários modelos de caixas acústicas compactas reproduzindo essa classe de sons com qualidade bem respeitável.

Como antes eram necessários gabinetes grandes para a audição de graves, a maioria dos projetistas não se arriscava a sugerir a instalação de subwoofers, necessariamente pesados, embutidos em tetos nem paredes. Até porque o custo para o usuário não compensava. Hoje, já não é bem assim. Meses atrás, na revista HOME THEATER & CASA DIGITAL, publicamos reportagem sobre vários subs de parede à venda no Brasil. Quem quiser ver (ou rever), pode baixar a edição aqui.

Cuidado com as vibrações no teto

Agora, estamos vendo a chegada de subs que vêm prontos para instalação no teto, e com um ingrediente importantíssimo: comunicação sem fio. É o caso do modelo CS1-C1, da AAT, que pode ser fixado na laje ou montado com tirantes de aço (vejam os detalhes). Como a maioria dos subs de embutir, esse é passivo, ou seja, exige conexão com um amplificador externo que pode ficar em qualquer ponto da sala.

A principal vantagem, segundo a AAT, é que o teto de gesso não sofre com as vibrações do falante. É um típico produto categoria CI, de Custom Installation, ou seja, você não vai encontrá-lo em qualquer loja; só têm autorização para comercializá-lo as revendas autorizadas pela AAT, pois o trabalho de instalação é complexo e requer um profissional treinado. A recepção do sinal é por Wi-Fi 2.4GHz com modulação digital.

Marcas de áudio high-end também vêm adotando soluções similares, caso da francesa Focal com a linha 1000 IWSub Utopia (vejam aqui) e as americanas JL AudioSonance e Origin Acoustics. Todas exigem o máximo cuidado na instalação, e não devem ser confundidas com os modelos de baixo custo encontrados em diversas lojas online.

Aliás, o cuidado na instalação é obrigatório para quem pensar em subwoofer de teto: se não for bem feita, o usuário corre o risco de ver seu teto literalmente desabar sobre a sua cabeça, bem numa daquelas cenas de efeitos sonoros dos filmes de ação.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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