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Smart box ilegal: como identificar

 

Depois de divulgar, em março, uma lista das caixas smart box homologadas para venda no país (vejam aqui), a Anatel publicou na semana passada uma nova norma sobre o assunto. A partir de setembro, serão mais rigorosos os critérios para avaliar essas caixinhas e autorizar sua comercialização. O motivo, claro, é que, apesar de todos os alertas e ameaças de punição, elas continuam a ser vendidas livremente, tanto na internet quanto em pequenas lojas espalhadas país afora e até em camelôs.

Os dados mais recentes da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) indicam que quase 20% dos usuários dos serviços de streaming e TV paga possuem uma smart box ilegal. A lista de produtos homologados inclui as mais conhecidas – Apple TV, Roku Express, Amazon Fire TV etc. – e algumas outras.

Mas esse não é o grande mercado; o que se vende nas esquinas da vida são caixinhas de marcas genéricas, às vezes até sem marca, a preços que chegam a R$ 120. Só para comparação, uma Roku Express, a mais barata atualmente, é vendida na faixa de R$ 250.

O plano da Anatel baseia-se numa análise mais acurada dos softwares instalados nas caixinhas (aqui, os detalhes). Em nota, a Agência informou que algumas delas vêm sendo usadas para instalar aplicativos que driblam os controles das plataformas de streaming e das operadoras de TV paga. Além disso, foram encontradas vulnerabilidades que abrem portas para invasão da rede do usuário e roubo de dados pessoais.

O único porém nessa nova ação da Anatel é que, para ser efetiva, depende (como sempre, aliás) do comportamento do próprio usuário. Em seu velho hábito de querer levar vantagem em tudo, muitos consumidores recusam pagar 100 reais a mais por um produto homologado, tornando-se ao mesmo tempo cúmplices e vítimas de um crime. É difícil enxergar uma luz no fim desse túnel.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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