Um dos executivos da CEDIA que vieram ao Brasil esta semana para o 1o. Treinamento Oficial da entidade dedicado aos profissionais brasileiros de tecnologia revelou uma preocupação que ele e seus colegas tinham antes da viagem: qual seria a imagem que os EUA projetam aos outros países?Eles sabem muito bem – e nós também – que o governo Bush piorou muito a imagem dos norte-americanos perante o mundo, e é claro que isso pode prejudicar negócios e parcerias. “Não somos tão ruins assim”, comentou o executivo, demonstrando certo temor de que, como no passado, os brasileiros pudessem reagir como certos esquerdistas que ainda vivem no tempo do “Yankees, Go Home”.
Foi com agradável surpresa que o pessoal da CEDIA encontrou, nesta 6a. e sábado, em São Paulo, um público receptivo e ansioso por ouvir suas experiências no trato com a indústria e com o consumidor americano. Embora carente de informação e de educação especializada (ou quem sabe exatamente por causa disso), os profissionais que participaram do evento confirmaram aos americanos a impressão de que há muito trabalho a ser feito e de que o mercado brasileiro tem grande potencial de crescimento (clique aqui para saber mais a respeito).
“Estivemos na Argentina e não encontramos o mesmo ambiente”, disse um deles. Mesmo no México, onde a CEDIA já atua há seis anos, o interesse inicial foi bem mais restrito do que aqui. A forma como os brasileiros encararam o evento anima a entidade a reforçar seus planos para o País. Em julho próximo, a CEDIA deve participar – como convidada – do 4o. Digital Home Workshop, com data e local ainda a serem marcados; em setembro, acontecerá em São Paulo o 2o. treinamento oficial; e, em novembro, se tudo der certo, será organizada a 1a. Convenção da CEDIA no Brasil.
Bem, tudo isso são planos que dependem da consolidação da CEDIA no Brasil. E isso, por sua vez, depende da capacidade dos profissionais brasileiros se organizarem para criar um capítulo da entidade aqui, como já existem em países como México, Inglaterra, Austrália e Rússia. Essa união só pode trazer benefícios para todos – e é aí que, a meu ver, os profissionais brasileiros ainda precisam aprender a deixar de lado interesses pessoais, ou pequenos desentendimentos, para trabalhar em conjunto pelo bem comum.
Utopia? Pode ser. Mas é dos sonhos e utopias que se constrói o destino, não é mesmo?
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